Agatha All Along é uma série que surpreende por conseguir criar sua própria identidade, mesmo sendo um spin-off de Wandavision. Um dos maiores receios era que a série ficasse muito atrelada à trama principal de Wandavision, especialmente à questão da banda, mas o que vemos é justamente o contrário: a série desvia com maestria desse risco e coloca Agatha no centro, desenvolvendo sua história e sua essência de forma independente. Isso é um ponto altÃssimo, pois demonstra que a personagem tem profundidade e protagonismo o suficiente para carregar a trama sem depender dos eventos anteriores.
Outro aspecto que me cativa é o clima de mistério e magia que a série transmite. A forma como o enredo se desenrola nos faz mergulhar em um mundo de bruxaria que é diferente do que a Marvel costuma entregar. Cada episódio traz uma continuação direta dos eventos, construindo uma narrativa que realmente parece uma série, no sentido mais clássico. Ao contrário de outras produções da Marvel, que muitas vezes dão a sensação de serem ‘filmes fragmentados’, Agatha All Along tem um ritmo próprio. Cada episódio fecha com um gancho impactante, o que só aumenta a expectativa pelo próximo, e isso é algo raro de ver nas produções da Marvel.
Apesar do orçamento mais modesto, a qualidade técnica e o roteiro são excelentes. A série mostra que não é o dinheiro que define a grandiosidade de uma produção, mas sim a criatividade e o talento de quem está por trás. Além disso, o destaque para o elenco feminino é outro ponto positivo. As personagens são fortes e cativantes, e todas conseguem brilhar em seus papéis, trazendo um poder e uma energia únicos para a trama. Agatha, especialmente, é uma protagonista incrÃvel, e ver sua jornada sendo construÃda com tanto cuidado é algo que merece muitos aplausos. Estou extremamente ansioso para os próximos episódios, pois sei que a série ainda tem muito a oferecer!