Raquel NRodrigues

Talvez seja um filme para cinéfilos específicos! A intenção do roteiro ( que só se compreende quando se lê alguma resenha) parece muito legal, mas no filme é hermética e confusa para o "expectador" comum ( justamente aquele que sustenta o cinema e a quem a mensagem seria bastante útil). Nota-se que há Cenas muito interessantes, muitas "inspiradas" em realizações anteriores, que, no entanto, parecem desconexas, soltas, incompreensíveis. As abordagens inovadoras não podem perverter as regras básicas da realização cinematográfica, cujo objeto é o envolvimento do expectador, razão de ser do cinema.

A única coisa que este filme ensina é que não se pode perverter as regras básicas do cinema, que são usadas para capturar a atenção e o engajamento emocional do espectador! E é em torno disso que a criatividade, no cinema, deve se ocupar. Parece proposital que belas cenas se estendam ao ponto de se tornarem completamente maçantes, ou que certos diálogos desinteressantes se prolonguem sem objetivo nenhum. No entanto, se for proposital serve apenas para confirmar que o mal existe sim e se manifesta nessa forma de fazer cinema.