Após uma estreia no cinema desastrosa (sem trocadilhos) devido à pandemia, o novo filme do galã de meia idade Gerard Butler (300, Invasão à Casa Branca) ganha uma merecida segunda chance no streaming.
No lugar comum dos blockbusters de destruição planetária, o filme aposta de forma certeira nos dramas humanos e entrega uma jornada cheia de tensão, que se sobrepõe aos efeitos especiais e à ameaça maior da trama - o que se torna uma bela surpresa para o expectador.
Produzido por Butler e pela turma por trás de sucessos como John Wick, Destruição Final: O Último Refúgio consolida a parceria do ator com o diretor Ric Roman Waugh (Sem Perdão), que o dirigiu em Invasão Ao Serviço Secreto, em 2019.
Na trama, o engenheiro John Garrity (Butler), sua mulher Allison (Morena Baccarin, sempre eficiente) e o seu filho Nathan (Roger Dale Floyd) atravessam o paÃs em busca de um abrigo que pode salvá-los da morte, enquanto um cometa gigantesco se aproxima da Terra.
Entre o desespero, a esperança e chuvas de meteoritos, a famÃlia vivencia o melhor e o pior que a humanidade pode oferecer.
Waugh filma com primazia e vai aumentando a tensão à medida em que a história se desenrola, explorando os traumas dos personagens nos momentos certos, ponto mais que positivo.
Já Butler entrega o mesmo de sempre, mas que se encaixa perfeitamente na trama, principalmente por causa da interação com Morena Baccarin e com o excelente ator mirim Roger Dale Floyd - responsável por uma das cenas mais angustiantes do filme.
Como escrevi lá em cima, uma bela surpresa.