As paisagens, efeitos especiais, figurino e trilha sonora são muito bonitos. Mas a história mal apresentada, a necessidade de parecer cult e cenas completamente aleatórias (parecendo que são apenas para encher o filme) estragam tanto o filme que depois de 30 minutos de filme, mesmo o que é bom fica entediante. A motivação inicial do filme (o desafio do cavaleiro verde), logo já se inicia meio furada. O filme não convence (ao menos não me convenceu) da necessidade do personagem principal de proteger a honra do rei e viver a sua. Na cena inicial do filme, um monstro mÃstico entra durante as festas e propõe um jogo, apontando que receberá um golpe de um dos cavaleiros ali, e que dali um ano, dará um golpe de igual força, expondo o pescoço de forma semelhante a uma execução. É estranho, pois se a honra era tudo para o personagem principal, porque motivo ele cortaria a cabeça de alguém desarmado? Que honra há nisso? Ao invés do que ocorre no conto original, em que, durante as festas, o cavaleiro verde desafia o rei Arthur e seus cavaleiros fazendo pouco caso, desafiando a honra desses cavaleiros em um jogo. Desafiando-os a dar o melhor golpe, mas avisando que este golpe será devolvido em um ano, o conto vende melhor a ideia da necessidade de mostrar a força dos cavaleiros que tiveram sua honra ameaçada. Por conta do filme já começar de forma estranha e sem convencer, ele já perde o espectador e compromete toda a história. Muita gente gosta de ficar falando de camadas de interpretações dentro do filme, mas se o filme não se sustenta, essas interpretações perdem o sentido. Particularmente, existir interpretações diferentes para cenas, não torna um filme bom.