Renata Santos

Achei a série excelente, sobretudo pra quem gosta de produções fora dos pradrões norte-americanos. Embora cada temporada tenha um arco próprio, a segunda e terceira retomam e dão continuidade às histórias da primeira, compondo um grande panorama de uma Polônia antes e depois da queda do Muro de Berlim, ainda às voltas com os ecos do pós-segunda guerra. Um ponto a se comentar talvez seja um tanto de excesso de subtramas e reviravoltas investigativas, embora no conjunto final nenhuma ponta fique solta. Achei tbm muito interessante como a série trabalha temas como memória e história, passado e presente, não só em termos técnicos, como, por exemplo, na excelente opção pela fotografia escura e sombria no presente e na escolha das locações, mas também sobre o que me pareceu uma busca da série como um todo, sobre o que de fato faz sentido na vida, tanto no que contamos e buscamos para nós mesmos, quanto para a sociedade como um todo. Super indico.

Um filme interessante e agradável, no qual a gente não percebe o tempo passar. Embora o título seja "O caminho errado", a história nos faz pensar sobre se há a chance de se ter um caminho de fato "certo", já que nem sempre as coisas podem.ser como queremos e nem.todos almejam chegar ao mesmo lugar. Seja lá qual forem as nossas.escolhas, as dificuldades estarão sempre lá. É preciso coragem para enfrentá-las, nem que seja pra descobrir que o melhor a fazer é agir diferente. O que mais gostei no filme foi a possibilidade de construir um.olhar otimista a partir da abordagem Intimista do universo um tanto caótico e perdido da personagem Emile, uma pessoa comum, assim como todos na história. O estilo naturalista do roteirro quase nos faz crer que estamos diante de personagens com livre arbítrio e, como na vida, com a responsabilidade sobre seu papel na jornada de Emile e, claro, na sua própria. Todos temos nossos limites e fragilidades. Mas com amor, generosidade e empatia todos podemos superar qualquer coisa.