A angústia de uma mãe, que é a angústia de todas as mães, o horror de assistir e presenciar à km de distãncia o rapto ou sequestro do filho. A perda é vivida na sua face mais desesperadora. Num 2o tempo, com o intervalo da infância, o filme realiza em ato esse tempo inconsciente que separa a infância da entrada na vida adulta, jogando uma pá de esquecimento/silenciamento. Se por um lado, o filme sugere uma relação edipiana, por outro, relança essa mulher pela via da busca do objeto perdido. Ela é relançada na rota do desejo, mas o que ela verdadeiramente encontra é o seu tempo perdido.