Obrigada, Sulistas, por explicarem a nós, nordestinos quem somos. Até em uma obra onde se espera, supostamente, a representação de atores do nordeste, por se passar em uma localização ficticia da ParaÃba, não se consegue muito êxito, né? porque o engraçado é a imitação do nosso sotaque, o filtro amarelado, tal qual os EUA retratam o méxico nos filmes, remetendo a um povo desatualizado, sujo, desorganizado (somos a região de terceiro mundo de um paÃs de terceiro mundo?), as roupas em tons terrosos, surradas, sujas, até a falta de educação e desespero que NÓS NÃO TEMOS. Liberdade criativa? eu chamaria isso de xenofobia mesmo, na sua mais pura essencia, representada m um meio em que há (vulgo, prega-se) mais possibilidade de escuta e liberdade, na arte. E é fácil vender esse tipo de projeto como "representação do nordeste" "homenagem" mesmo quando o alvo das piada sempre é o mesmo povo, né? São Paulo é moderno, é tecnológico, mas na ParaÃba precisam andar com lamparinas pra enxergar no escuro. Curioso, nem a lanterna do celular serve pra isso.