Gina Dantas Vieira

A baleia branca, que domina os mares e não pode ser controlada nem detida, representa a vida como ela é. Não adianta odiá-la, como o pirata e a adolescente Ellie faziam, nem parar no tempo, lamentando o que não pode ser mudado. Viver é ser como a baleia, é superar e seguir em frente nos mares da vida. Brendan Fraser vive um pai à beira da morte que consegue fazer sua cruel filha adolescente resgatar a bondade e sabedoria de sua criança interior. E ser feliz. Brendan Fraser mereceu o Oscar!

Gostei do filme apenas por ser fã do John Lennon. Os atores são muito bons, especialmente a Kristin. A história está correta até onde sei, mas desconfio que o nível de envolvimento de Lennon com sua mãe não foi tão frequente como faz parecer o filme. Não acho que ela tenha chegado a interagir com a banda. Algumas biografias relatam que quando John e Paul se conheceram tinham em comum a morte de ambas as mães, o que os uniu. Três coisas que não gostei: o ator que interpreta John tem olhos azuis e beleza de galã (diferente do Lennon na vida real); em nenhum momento usaram a música Julia, bela canção que o John fez para sua mãe; e a tia Mimi não diz a célebre frase " você pode tocar guitarra John, mas nunca irá ganhar a vida com ela". O filme é bonzinho, recomendo.