Poesia de fina ironia, linguagem coloquial sofisticada, ou seja, o poeta sabe se apropriar do coloquial e valer-se dele com requinte, tirando partido e fazendo verdadeira poesia. Um livro que se lê com um sorriso de sarcasmo, humor e satisfação o tempo todo, tais as sacações de intertextualidade, de vinculações com a realidade atual (este é o mais político livro de Paulo Henriques Britto, sem dúvida, embora nem de longe possa se dizer que seja literatura engagée) e as, de sempre, reflexões sobre o ato de fazer poesia, Um grande livro.