Alguém jogou uma pá de terra no sonho “Yippie” e o seu Paz & Amor. O responsável por isso foi uma personalidade intitulada CHARLES MANSON. Um ego distorcido que nos dá um poder esclarecedor sobre vários assuntos: Alienação.
O livro é narrado de maneira sensacional por Jeff Guinn, deixando-nos de frente a praticamente todos os passos de Manson, uma linha do tempo perturbadora: Sua infância cinzenta, as primeiras prisões, seus starts mentais para manipulação, seu falso moralismo, a captura de pessoas “fracas” de onde essas estavam passando por situações espinhosos em suas vidas, a tal da formação da família, culto, LSD, opióides, misoginia do mais puro e alto teor, racismo e assassinatos. Aqui a loucura foi levada até às últimas consequências.
O poder da narrativa é entorpecente, colocando nossa pessoa em estado de reflexão sobre a época e o comportamento social vigente. Os Estados Unidos em suas décadas de 40, 50, 60 e seus movimentos de revolta. Manson é mais que uma biografia, é um estudo social marcado por atitudes doentes e controversas, que de alguma forma, todos nós somos culpados. Essa inflamação de detalhes é o que torna o livro um petardo literário, principalmente quando entramos em definitivo na ardente década de 60.
Os capítulos avançam e uma espiral de delírio vai nos perseguindo: a onde diabos essa doideira vai parar? Entretanto, a realidade sempre nos deu sinais de desânimo, pois a loucura quase sempre vence e está em evidência, tais ideologias e energias do mal nos perseguem, o que reverbera de maneira atemporal, pois ninguém está a salvo desse frenesi que vem sendo jorrado a cada novo amanhecer na camada de ozônio, Manson é apenas uma peça do quebra cabeça.
Há vários “Charles Manson’s” à solta por aí (alguns até conseguem ser Presidentes de uma nação), passeando por nós em meio a multidão, “Sociopatas Oportunistas” de pensamentos e atitudes insalubres, esperando a oportunidade certa para nos apunhalar de maneira febril. Você acha que eu estou doente falando isso? Convido você a abrir alguma caixa de comentários em alguma rede social. Te desejo sorte nesse pesadelo, de onde você nem precisa sair de casa para sentir essa “facada” em sua alma.