Assisti hoje, dois anos depois. A falta de cadência e ritmo fez com que não houvesse paciência para apreciação dos momentos de ação. O filme é cheio de "isso não faz sentido". Os criminosos de alto escalão falam abertamente sobre seus comportamentos e seus pares para uma pessoa praticamente desconhecida(?) O Batman, ciente do tempo restante para a explosão do colar, na cena da igreja, simplesmente não reage, e acorda minutos depois, ileso(?) A cena da perseguição é legal, até o Maserati Quattroporte (M156), dirigido pelo Pinguim, inexplicavelmente capotar após uma colisão traseira causada pelo Batman. Acredito não ter entendido o filme, pois achei muito, muito superestimado.
O subterfúgio de que o Batman ainda não é totalmente apto por ter começado há pouco tempo não se sustenta. A perda inestimável dos pais deu-se na infância, decorrida há décadas. É razoável esperar que quando adulto – e não adolescente – Bruce Wayne estivesse claramente ciente do que queria fazer e de como o faria.
A interpretação de C. Nolan pode carecer de traços investigativos, mas seu Batman é mais pujante e sofisticado, numa ficção quase aceitável. Em The Batman, a tentativa de congruir muitos elementos divergentes contribui para a mediocridade, em vez da excelência.