Flavio Correa

Por favor, continuem assim. A série surpreende, inova e traz humor abrangente. Possui um visual bonito e até a dublagem ficou bem localizada, apesar de ter ficado mais comedida nesta terceira temporada. Todos são muito carismáticos ou possuem a antipatia que realmente te fazem querer ver tal personagem na pior situação possível. A maneira como o roteiro brinca com vários gêneros de ficção e fantasia diverte bastante também, como o steampunk, que além de ser bem interessante agrega ao conflito de um universo baseado em crendices e superstição. Fora as mortes bizarras de tudo quanto é tipo de personagem, até aqueles que poderiam ser queridos.

O genial dos Simpsons está nas entrelinhas, na ironia em retratar um homem típico da família tradicional (neste caso o Homer), que faz o mínimo e sempre espera o máximo (da mulher principalmente - Marge). Além disso, retrata a sua mulher altamente submissa e que, por mais talentosa que seja, não consegue usufruir de seus hobbies por ter que cuidar da casa, dos filhos e além de tudo isso, do inútil marido. É meio triste quando se observa essas características, mas a crítica que está por trás de todo o desenho é genial. Essa crítica apenas focada na parte da mulher, entre outras tantas que aparecem no desenho.