Idel Sena

Eu assisti esse filmes há 14 anos, hoje reassisti e ela continua sendo incrível. Muito bem feita, com uma história original.

Alguns filmes te convidam a assisti-lo e a se divertir com eles, outros filmes te convidam a sentir a ele, a, de um modo curioso, viver a história dele. É assim com Whiplash. Em cada cena, cada diálogo, somos levados a refletir. São dois filmes passando ao mesmo tempo, na tela e na sua cabeça. Por vezes, eu fiquei ansioso pelo personagem principal, aquela ansiedade de ficar com o coração acelerado mesmo!

As referências ao boneco Buzz ligthyear em Toy story são muito boas, assim que o filme inicia dá para reconhecer. É uma cena específica com falas e ações do Buzz real similar ao do boneco, assim que este aparece no primeiro filme do desenho. Em geral, o filme é inovador, segue uma trama não previsível e surpreendente, com um história original contextualizada na lei da relatividade. Afora a boa história, o visual do filme é excelente, um exímio scifi, com tecnologias muito interessantes e que tem funções importantes no filme. Uma das mais importantes é o gato robô do Buzz. Para a geração que viveu as sequências de Toy Story, esse gato tem um significado bacana. É como um brinquedo, um lembrete de que envelhecemos -- tanto que essa história é mais complexa e com um teor mais sério -- porém de que há ainda uma parte lúdica e que não deve ser esquecida. SPOILER A SEGUIR................ Agora, pessoalmente, embora o final seja feliz para o Buzz, não deixa de ser ao mesmo tempo triste. Eles sacrificou não o tempo dele, na sua antiga mentalidade de corrigir o erro (antiga e também futura de uma outra versão dele), ele sacrificou toda a sua vida e suas relações pessoais. Somente no terceiro ato da história que ele começa a perceber que poderia ter tido uma vida no planeta novo, que não precisaria ter apostado todos aqueles anos em busca do que ele teria encontrado ali também. Felizmente, ele recebe uma segunda chance, com uma nova geração.