Tom Alves

Assisti ontem o filme Marighella, de Wagner Moura. Um filme muito emocionante que me levou aos prantos em pensar a luta dos personagens verdadeiros do período mencionado. Embora Marighella não merece-se ser interpretado por um apoiador do golpe que devastou nossa tão recente democracia. Um artista negro que veio da pobreza e deslumbrado com a ascensão econômica esqueceu sua origem, afiliou-se ao Cansei e ao Basta, duas facções de direita da alta classe média carioca e paulista. Marighella jamais se aproximaria de tal movimento. Independente desse infeliz detalhe, Seu Jorge foi brilhante em sua interpretação de um personagem forte e imponente como foi conhecido o revolucionário. Mas além dessa trágica participação do artista no filme, a narrativa de Wagner Moura foi bastante forte e merecedora de todo respeito e aplausos.