Carlinda Nunez

Assisto ao Fantástico sempre que posso. Lamento, entretanto, ter de lavrar aqui meu total desapontamento com a recente reportagem da excelente Renata Capucci com Anitta. O clipe elogiado é de enorme mau gosto, além de impróprio para o horário. Uma matéria inócua, bajulatória a uma artista que tem seu público, nas não é "fantástica". Está longe disto. Ali só se viu vulgaridade. Anita não é exemplo a ser seguido. Nem demonstra talento artístico. Fiquei tão decepcionada, que vou "dar um tempo' com a programação do Fantástico. Artistas nós temos. Bons jornalistas também. Por que prestigiar uma imagem tão gasta?

Conteúdo certeiro a respeito das contradições da História. O filme focaliza o sentimento antigermânico que se alastrou indiscriminadamente em razão das barbaridades praticadas pelo hitlerismo e as humilhações a que os alemães foram submetidos no pós-guerra. A redenção pelos crimes de guerra foi durante décadas preterida ao desejo de vingança dos vencedores, o que diminui o mérito da vitória de uns e deprime a capacidade de se distinguir os e punir culpados. No contexto do filme, uma das piores consequências da guerra fica clara: a demência generalizada, a incapacidade de avaliar a barbárie produzida durante os anos de violência compulsiva seja nos vencedores, seja nos perdedores. Fica cláro que as guerras só produzem vítimas.