O filme de fato tem como primordial característica, além de todo o simbolismo, a fulga estética, cenográfica e fotográfica do padrão visual do terror.
Para entender a jogada psicológica e ousada que misdsommar se atenta a fazer, é preciso denotar-se do padrão óptico e sua importância para a transmissão do horror no cinema.
O jogo de cores produzido por este gênero, tendem psicologicamente a causar desconforto e introspecção pela suas paletas geralmente frias e pouco saturadas, o que passa ao público a mensagem sentimental que nos é induzida ao assistir essa espécie de obra.
Agora, o ousio de Ari Áster a optar não só pelas cores extremamente vibrantes, quentes e saturadas (que naturalmente nos passam uma mensagem que acostumamos ser de conforto e lazer), mas também ambientação de um cenário extremamente formidável, o uso das flores, Campos e até mesmo caracterização dos personagens que de início nos enganam trazendo um ar de doçura e inocência, uma analogia aos contos de fadas, no qual é quebrado a partir do momento em que temos o primeiro contato com o horror que é apresentado á personagem.
O filme já começa com pontos, a capacidade de transmitir a sensação de perturbação e inconformidade com a magoa da realidade em que a protagonista se encontra ser uma farsa, presentea-nos com uma sensação sórdida.
Possui cenas pesadas, como as ritualísticas, que demonstram a carnificina que é presenciada, o que impulsiona o terror psicológico e manipulação mental que nos é criado.
Embora todos os pontos positivos, é inegável o desenvolvimento vago e lento que o filme introduz.
O principal sentimento que nos é remetido é perturbação (nojo), não medo, o que vem a se tornar um problema, já que o foco do gênero é voltado ao horror.
E todos os pontos positivos sobre a cinematografia, são rebaixados quanto a estória, que não demonstra nenhuma originalidade.