Minha avaliação é, em si, insignificante, e creio que passe desapercebida pelas mais de 400 avaliações vinda de usuários, assim como eu e você, comuns.
Talvez para a parte "high" (alta) da sociedade, esse filme signifique, ou melhor, personifique, uma apurada e conceituada crÃtica social sobre as relações entre pessoas muitos pobre e pessoas muito ricas. Um olhar, é claro, enviesado, nas ideologias modernas que preconizam a guerra de classe, o que no filme, apresenta-se de uma forma moderna.
O filme explora a vileza do homem moderno, social e economicamente estratificado, o que até certo ponto, é de fato uma denuncia racionalmente correta, não só da obra, como dos movimentos sociais correntes. Mas, curiosamente ou não, a denuncia na obra (e na sociedade) desconsidera que a pessoas mais pobres, até mesmo as em estado de miséria, ainda que longes de todas as oportunidades não podem, por ser esse um erro metafÃsico, estarem longes de sua racionalidade. E embora a elaboração que faço, isso é muto bem verificado no contexto de nosso paÃs, onde homens e mulheres de famÃlia, escolhem o cotidiano árduo de longas de trabalho, em detrimento de qualquer falsificação, falcatrua e desonestidade. E quiçá, antes de qualquer teoria de opressão estrutural, esse é o motivo pelo qual as bases da sociedade não optam pela militância.
Mais ainda curioso, é o quanto a academia de cinema, os diretores, produtores, os agentes de ideologias, ativistas, atuais polÃticos, e militantes ganham dinheiro para falar de pobres e oprimidos, enquanto enriquem as custas de suas histórias e dessa dialética barata. Argumentarão o quanto quiserem, mas farão igual aos herdeiros de nascença que nunca precisaram usar transporte público. Isso quando não esses mesmos herdeiros os justiceiros sociais que levantam suas vozes de seus, de fato, humildes apartamentos nas áreas mais nobres das cidades.
Em resumo, essa é a dialética do filme. Não é um filme para os pobres de baixa renda, não estão eles representados. É um filme para que os de classe alta se enterneçam e logo esqueçam. É só mais militância.