VAI NA FÉ? NÃO, FOI NA FÉ.
Não podemos negar que foi um grande sucesso das 7, trazendo o espectador fanático por novelas e teledramaturgia em geral de volta para frente da TV - pelo o que eu vi só os usuários do Twitter -.
A premissa, da Sol, uma mulher batalhadora que vende quentinhas, parodiando músicas de funk dos anos 2000, totalmente abafada e usada como peça de montar quebra-cabeças da forma mais desagradável possível. E é incrível como a autora, que estava entregando brilhos e uma história bastante divertida para a novela das 7, mete um abuso sexual como trama central da história (como se não houvesse outra forma de inovar ou mover as tramas) sem abordar o que foi abordado dessa maneira.
Theo, um grande vilão sendo humanizado com músicas efeito Disney, como presente, sendo um vilão passível, que deixa tudo passar e acontecer como é: me fazendo gargalhar alto quando apontavam o dedo na cara dele constantemente e ficava só por isso, como se rir na cara do VILÃO fosse algo fácil e cômico.
O tema cristão e religiões totalmente apagado no meio e no final da novela, fazendo poucas referências e aparições em cenas. Sol, uma mulher de igreja, em um capítulo beijando homem e não assumindo, ameaçando o vilão da trama lhe dizendo que iria o MATAR, dizendo glória o tempo todo, como se Deus fosse o refúgio só nos momentos ruins da vida! E não é bem isso!
Censuras de beijos de personagens incluídos da comunidade lgbtqiapn+, sendo o cúmulo desse absurdo de falhas e partes ruins da novela.
Personagens entrando e sumindo em capítulos, transitando facilmente, prosseguindo com flashbacks do passado dos personagens TODA SANTA VEZ, chegando ao ponto de ser irritante.
Essa questão poderia ter sido facilmente resolvida se um simples personagem mencionasse ou falasse algo que fez ou não fez no seu passado.
Lui, virando um frouxo, pagador de esquerdo-macho e cantor desconstruído. Se tornando um dos personagens mais irritantes dessa novela, fazendo mais do que devia.
As filhas de Sol, chatas pra um cacete, Jenifer é a pior dentre as duas, mimada, persistente, irritante, hipócrita e pagadora de bons modos, quando na verdade, estava indiretamente levando a trama para o ar vilanesco, o que não era de sua função.
A trama da virada na vida de Sol? Bem, temos! Mas só nos últimos capítulos da novela, pois a autora esqueceu da proposta original e optou por textos mal-empoderados.
Ps: as únicas qualidades dessa bomba se resumem na abertura e a música da Negra Li. Os temas e a inclusão de religiões, trazendo uma leveza e puridade nesses momentos na novela e alguns personagens, que foram as verdadeiras estrelas desse show (Kate, Lumiar, Dora e Wilma)