Denise Donda

Um filme confuso, a princípio. O espectador fica apreensivo, pois não sabe se o filme é de terror ou só intelectual mesmo. Na ida para a casa da fazenda, durante a viagem de carro, fiquei pensando se os pensamentos dela estivessem sendo escutados por ele. Foram tantos assuntos eruditos que acabei por perceber minha falta rsrsrs! Anotei alguns para ver! Desde física quântica, livros, filmes, poesias, pinturas… Conversados como assuntos triviais! Ela, de início, me pareceu a intelectual e ele meio bobalhão. Depois ele despontou. Ele me pareceu alguém com inteligência acima da média, porém com questões psicológicas comprometidas, beirando a um assassino em série que a qualquer momento pudesse ter gatilho para ressurgir. Por outro lado, questões como atravessamento do tempo, misturando passado presente e futuro surgiam e confundiam o telespectador. Fiquei com a impressão de um gênio que sofreu bullying na escola e que ficou preso a algumas questões. A cena do porco me remeteu a isto. A mente humana e suas reminiscências. Freud foi citado. Seria o homem prisioneiro do seu inconsciente? O que ficou claro para mim foi o questionamento existencial, a angústia, a finitude, o sentido da vida e por fim, a tábua de salvação para a existência, o sóbrio amor nas relações!