Resenha: Six of Crows
Sem luto. Sem funerais.
Quando comecei a ler Six of Crows minhas expectativas estavam quase ultrapassando a estratosfera, e posso dizer que não me decepcionei.
O enredo consiste em um grupo de foras da lei que entram em um plano perigoso e teoricamente impossível. Ninguém em sã consciência aceitaria um acordo assim, mas eles não estão em sã consciência.
Dando grande ênfase aos personagens, posso dizer que a construção deles é impecável. Fugindo dos estereótipos de personagens perfeitos ou que tentam a todo momento justificar seus erros, os crows são um verdadeiro sopro de ar fresco. Eles são errados, malvados, e fazem de tudo para sobreviver. Sabendo que o que fazem não é certo e pode prejudicar outras pessoas mesmo sem intenção, ou com ela. Eles entendem que pelo que passaram os moldou, e que muitas vezes para pior, mas não mentem para si mesmos, mesmo querendo desesperadamente que isso não tenha acontecido.
Todos têm habilidades valiosas para a missão e que os torna únicos, tornando-os uma equipe fenomenal.
O universo é muito bem trabalhado e gosto de como as coisas não são práticas. Há muitas reviravoltas durante as cenas, o que torna o livro ainda mais emocionante. Os personagens são levados ao limite e trabalham sob pressão o tempo todo, passando o nervosismo deles para o leitor.
A escrita conta com muitos narradores, o que nos dá acesso a diferentes pontos de vista. A fluidez torna a leitura fácil e não há presença de palavras rebuscadas a cada momento, a deixando mais envolvente.
“Não tem nada de errado com meu corte cabelo que não possa ser corrigido com quatro milhões de kruges”
O que achou da resenha? Leria ou já leu Six of Crows?