Flavio Folly

caricato, irreal, problemático. entendo a ideia de querer apresentar os impactos psicológicos na personagem que sofreu rejeição e racismo na adolescência, mas isso é trabalhado de forma muito superficial. É uma narrativa muito perigosa pq no fim da história o que pode prevalecer é a imagem de uma mulher negra frustrada, raivosa e manipuladora querendo se vingar dos colegas de classe. acredito que o filme não é bem sucedido em construir a critica social que se pretendeu. Muitas vezes a história fica exagerada e depende da boa vontade do telespectador em acreditar na ingenuidade de todo um grupo de jovens que logo de cara creditam na estranha mulher uma confiança fora do comum. Mesmo quando a Ma realiza uma brincadeira de apontar uma arma para um dos meninos, o desconforto dura 2 segundos. Além disso, os personagens masculino não me geram a mínima empatia, deixando o peso de carregar todo o filme para as duas meninas que conseguem demonstrar um pouco de personalidade e minimamente preocupação com os absurdos da personagem da Octavia Spencer. o arco dos adultos não consegue se manter interessante o bastante para que eu me importe com o destino deles. Mostram eles sendo babacas no passado e a vida deles no presente de modo tão superficial que parece não encaixar com o arco principal do filme. Não trabalham o passado o suficiente para que entendamos as repercussões em Ma e tampouco exploram o presente para que quem assiste entenda o pq de estar mostrando o background. A mulher trabalha como garçonete em um cassino e? Ah, não sei se é minha TV ou se de fato a mixagem de som é horrorosa. O filme me pareceu ter uns silêncios estranhos que ao invés de criar a tensão necessária, me retira da atmosfera. O final chega a ser tosco e parece feito apenas para chocar em uma tentativa tosca de retomar a atenção do público. odiei.