Um filme de base existencialista e psicológica que, em seu plano figurativo, leva um astronauta para os confins do Sistema Solar em busca das origens do Universo, ao mesmo tempo que permite, ao protagonista, viajar para as origens de sua solidão.
Durante seu percurso rumo a uma espécie de nebulosa, conflitam sua solidão auto-inflingida durante toda a sua história de vida, à solidão real do espaço profundo, amenizada pelo contato esporádico com sua base de lançamento na Terra e também com sua esposa.
À medida que se aproxima da nebulosa e o contato com a Terra fica mais difÃcil, emerge, na narrativa, um personagem alienÃgena que figura uma espécie de alter-ego, o qual vai, aos poucos, analisando a história de vida e as defesas psicológicas do protagonista.
Os temas variam e é possÃvel extrair muitos elementos existencialistas. Talvez, o mais relevante, seja a existência do outro não reconhecido e valorizado.
O roteiro faz movimentos gradativos e lentos. A única surpresa, é a presença exteriorizada do alter-ego cuja imagem é bem imprevisÃvel naquele contexto. Não é um filme para todos. Contudo, não há novidade, nem simbólicas nem temáticas. Pode acrescentar algo à queles cuja história de vida se identifica com os temas propostos ou à queles que gostam do gênero.
Como sou um fã do gênero, apreciei cada detalhe.