Peterson Pais

Eu gosto muito da história da Segunda Guerra Mundial e devoro tudo que é relacionado. Dada a minha expectativa, o filme deixa muito a desejar. O diretor focou a maior parte do tempo numa inútil e desnecessária, a meu ver, busca por saber se o Opp era ou não comunista. Nesse imbróglio, ele envolveu vários personagens também desnecessários parecendo que ele queria que o filme ficasse mais complexo e confuso, sendo que bastava focar no óbvio. O que eu esperava do filme: 1 - Uma rica demonstração de como eles chegaram na conclusão de que era possível realizar a fissão nuclear, com muita física envolvida e discussões de alto nível nesse aspecto, ainda mais sabendo que o Einstein faz parte do filme. Nesse aspecto, o filme "O jogo da imitação" deixa Opp no chinelo. 2 - Todos os bastidores do primeiro teste nuclear (isso o filme mostra bem) e do ataque ao Japão, ou seja, os preparativos militares, o voo do que transportou a bomba e demais decisões tomadas. Além disso, faltou mostrar os efeitos da radiação, como lidaram com isso, enfim, nada disso é mostrado e valorizado.. Só sei que saí do cinema decepcionado pq o diretor perdeu uma excelente oportunidade de mostrar mais sobre um dos episódios mais importantes da história moderna, pois o fato dos EUA terem usado a bomba no Japão poupou, facilmente, milhões de vidas se a guerra tivesse culminado numa invasão terrestres das tropas americanas. O Japão ia lutar até o último habitante se algo extraordinário não tivesse acontecido, que foi justamente a bomba atômica. Lógico, milhares de civis perderam a vida para que isso acontecesse, mas é o mal necessário. Por fim, graças à bomba atômica o mundo vive em paz desde a década de 40. Se não houvesse a bomba, a terceira guerra já teria acontecido há anos. Hoje, as grandes potências sabem o poder do outro e ninguém é louco de arriscar (vale para a situação atual da Rússia e Ucrânia). É isso!