Tailane Silva – Google

É uma trama envolvente e um pouco intrigante. Nos leva a pensar que nem sempre há como estar contentado com os desejos realizados. Você chegou lá, ótimo, muito bom. Por que não está satisfeito se fez o que fez para estar onde está hoje? Está realmente disposto a pagar o preço para realizar tal desejo? Alcançar tal objetivo? Será que vale à pena passar por tudo? Fica a sensação de: Então é isso que vou ter que me sujeitar para sustentar essa condição? Talvez, se Abigail não tivesse se auto corrompido tanto, ela poderia obter o mesmo resultado sem sujar as mãos, poderia... A ambição, a ganância, a mentira, a inveja, a ironia, o desejo, a promiscuidade, a volúpia, o egoísmo, egocentrismo, a ingenuidade e etc... Uma série de sentimentos aparecem na trama de forma latente. Os atores estão impecáveis. Nesse caos de influências, ao menos a guerra teve fim.

O parasita coexiste, na dependência da existência do outro, se nutre do outro, em alguns casos o parasita se fortalece ao ponto de matar seu hospedeiro. O filme mostra como as esferas mais pobres da sociedade podem se manter na coexistência das classes mais abastadas. Até que ponto a humanidade em alguém pode ser testada? O rico consegue conviver com a pobreza? Detalhes da pobreza que não fazem parte da vida do rico, ele consegue conviver e deixar sua humanidade falar mais alto? Até que ponto a humanidade do pobre é testada para não usar meios excusos para alcançar uma vida digna? A crítica é para os dois lados. Pobre mesmo da mente sem consciência de classe. Uma crítica social que com certeza pessoas sem consciência de classe irão criticar negativamente, precisa viver, conhecer ou ao menos ser sensivel e empata o suficiente para entender o que a familia Kim passa. Meritocracia? Não... Diria discrepância de condições e ofertas de oportunidades. Se você não tem consciência de classe dará 1 estrela à esse filme.