Na vida, eu seria o "Águia de Aço" e meu irmão, o "Top Gun". Agora, poeticamente falando, a semelhança é que ambos envelheceram como clássicos que são, cada um marcando a mesma geração a seu modo. Só quem esteve em 1986 sabe o frenesi que Pete "Maverick" Mitchell e Doug Masters causaram, ainda que o longa do rebelde piloto de F-14 e jaqueta de couro supere, em quase todos os aspectos, as aventuras do adolescente Masters e suas inseparáveis fitas K-7 ao som de "One Vision", do Queen.
"Águia de Aço" é o puro suco dos anos 80, algo que hoje concede aos clássicos da época o direito de estar na galeria dos imortais, ainda que o seu voo até aqui não tenha sido dos mais suaves, desde a primeira linha do roteiro. Tivéssemos ainda hoje uma locadora na esquina de casa, seria aquele VHS que você encontraria na discreta e seleta prateleira dos filmes "Cult". Vale cada minuto do seu tempo!