O filme trata muito bem o legado de César e é bastante competente na formação de um novo protagonista, o Noah.
Da mesma forma que César queria liberdade, Noah também o quer.
Além dessa semelhança espiritual entre os personagens principais, o filme brinca com bastantes simbolismos:
1. Noah faz uma alegoria para Noé e a arca. No fim do filme há um "dilúvio" que mata todos os macacos maus. Ironicamente, o Proximus reinava dentro de um navio naufragado, logo, mesmo sendo o dono da arca, ele teve seu reino destruído por uma enchente.
2. O Clã da Águia, usa das aves como símbolo principal de liberdade ao decorrer da trama, mas além disso, elas também podem ser interpretadas como sendo a "força da natureza". Tendo papel crucial no assassinato do Proximus e a libertação do Clã.
Existem outros subtextos, como a questão da tradição do Clã (juntos, fortes) ou do respeito à natureza pela consciência de também fazermos parte dela; há também a questão da deturpação de figuras históricas, mas isso seria muita coisa para esmiuçar.
Na parte da narrativa, é possível acompanhar transformação do Noah ao decorrer de todo o filme, porém no final, quando ele olha para o telescópio, aquele olhar não é de um "homem" calmo. Aquele é o olhar de César.