Em uma era que envelhecer é tratado como patologia com inumeros tratamentos, é difÃcil imaginar a vida de uma mulher que já não está mais no auge da juventude. A substância nos mostra essa vida da forma mais grotesca possÃvel.
O filme conversa diretamente com a febre de procedimentos estéticos das últimas décadas, a busca incessante pela juventude e o enorme etarismo do cinema. O paralelo que a obra faz entre o meio termo envelhecido da Elizabeth, que após se submeter a substância não tem mais perspectiva de voltar atrás, e as mulheres que fazem procedimentos estéticos pela pressão social, se arrependem, e não conseguem mais parar na tentativa de consertar suas aparências é tão aterrorizante quanto qualquer jumpscare.
O horror desse filme está, para além do gore, na triste realidade dos assuntos tratados