Uma crÃtica a "arte" do Cinema que nos leva também a uma reflexão sobre como enxergamos a vida. O que vale mais? Filmes "simplórios" fenômenos de bilheteria x arte cult em que todo mundo finge que tenta compreender para pagar de mais importante, mas no fundo ninguém se importa? E o que vale mais? Nos sacrificarmos para fazer viver em nós quem nós realmente somos, sermos o que fomos destinados a ser, fazendo renascer dentro de nós o Birdman que é capaz de voar, ou vivermos de acordo com o que se espera que seja mais digno apenas porque é o que pessoas influentes na sociedade dizem que importa (ilustrado pela CrÃtica)? O que vale mais, vale mais por que rende bilhões de bilheteria ou os bilhões de bilheteria são diretamente proporcionais ao valor simbólico das coisas?
Esta é a inesperada virtude da ignorância. Porque entreter as pessoas, fazer elas te adorarem, é a forma mais genuÃna de ser amado. No final das contas, este "cinema popular" é o que mais importa, porque é palpável. Diferentemente da arte cult, que não alegra ninguém de fato. É a vitória do pop perante o cult.
A arte é maior quando o artista e a obra se misturam sendo um só. Quando a obra mora dentro da cabeça do artista e o diz o que fazer, como no caso do Riggan, e quando "é apenas no palco que eu não atuo, somente lá sou verdadeiro", como no caso do Mike. Eles precisam de gin de verdade, sexo de verdade, arma de verdade, porque eles não estão apenas atuando. Eles são a sua própria obra. Portanto, quanto mais direta é a interpretação (Birdman) mais se tem valor simbólico.