Gabriela Garcia

Li em algum lugar que a pessoa terminou o livro pesquisando no Google quem era Evelyn Hugo. Foi exatamente essa a minha sensação. O livro é tão bem escrito, tão cativante, que nos faz duvidar da inexistência da personagem na vida real. Esta obra me deixou pensativa sobre como algumas pessoas estão dispostas a usar dos seus atributos para conseguir aquilo que querem. Mostrou que além dos bônus nossa escolha (seja ela qual for) vem cheia de ônus. Além disso, fez com que eu pudesse perceber que na maioria das vezes nem tudo é o que parece e que as pessoas (sobretudo as públicas) tem muito a esconder. Recomendo a leitura.

Comecei a assistir a série de maneira despretensiosa, por indicação de algumas amigas. Nas primeiras temporadas eu não tinha entendido muito bem o propósito da série (isso não significa que a série não é boa, pelo contrário, mostra que talvez só consigam enxergar a beleza dela os adultos, depois dos 24 anos). Quando retomei a série, mais velha, ela foi me cativando. Além disso, ela fez muito sentido no momento da minha vida que eu tenho vivido. Ela me fez querer ficar mais perto da minha família, dos meus pais e irmãos. É uma série densa, cheia de significado. Vale a pena assistir. Preparem os lencinhos.

O plano de fundo da obra é criativo e tem uma crítica social embutida: o costume social de culpar as mulheres. Na trama, Danielle Abbot percebe que há algo errado com tantas mortes envolvendo o lago e começa a investigar. Para a surpresa de todos, ela também acaba sendo encontrada morta no lago. Começam então uma série de questionamentos sobre o acontecimento. Embora tivesse tudo para dar certo, na minha opinião, o livro é um pouco parado. Demorou para que a história conseguisse chamar minha atenção. Apesar disso, persisti na leitura e gostei do final.