Chegamos na idade em que devemos prestar contas aos netos e netas do que fizemos na vida.
Ontem, por exemplo, o neto mais novo, beirando 17 anos, tomou conhecimento de que no livro de Emiliano José, "Galeria F lembranças do mar cinzento", sou personagem de um dos textos, perguntou-me sobre o assunto e se eu fora indenizado pelo ocorrido...
Disse-lhe que não e tambem não procurara, sequer sabia se era o caso.
Fato é que na época procurei apoio da chefia da Unidade da Petrobras onde trabalhava como engenheiro e me disseram para deixar pra la pois fora uma troca de personagem: um outro engenheiro de outra empresa que morava na mesma rua que eu é que era a mira...
Isto não me convenceu vez que no mesmo predio em que eu morava tambem era residente o Chefe da Segurança Interna (não lembro se era este o titulo) da Unidade da Petrobras em que eu trabalhava; não nos dávamos bem por eu fazer restrições a algumas atitudes da Empresa e da Republica (se assim se podia chamar a Ditadura).
Em consequência pedi demissão da Petrobras e fui trabalhar no Polo Petroquimico de Camaçari...
Gostaria de poder responder aos netos e netas quanto a possibilidade de um reconhecimento da Comissão da Verdade sobre o fato narrado pelo Emiliano José e do qual sou personagem.