Thomas Gamboa

A definição perfeita dessa série é uma pessoa bonita, sexy e atraente com um feijão no dente. O feijão no dente, no caso, é o roteiro absurdamente preguiçoso e repleto de furos em absolutamente todos os 40 episódios das 4 temporadas. Como uma pessoa bonita, a série é atraente pela fotografia, direção, construção de personagens, atuações e até a premissa em si, que constrói um universo bem interessante. Mas os furos de roteiro tão sempre lá, incomodando e te impedindo de imergir na história. Quando vc começa a entrar na brincadeira, a série "sorri", vc vê a sujeira e é retirado dela. São escolhas sem nenhuma noção tomadas a todo o momento pelos personagens, situações completamente absurdas que jamais seriam levadas normalmente (mas são o tempo todo), desculpas esfarrapadas criadas pra resolver um problema desnecessário criado pelo próprio roteiro e mais coisas estúpidas, como ver um personagem descalço pisando em vidro sem reagir, simplesmente porque a produção ESQUECEU que ele deveria estar calçado naquela hora. Ou pessoas lutando, berrando e se matando dentro de casa sem ninguém ouvir no andar debaixo. Quanto mais vc avança, mais vc se irrita. E no fim, a beleza de todos os outros elementos da série é superada por essa preguiça narrativa, motivando a estrelinha solitária aí em cima. O pior é ver os supostos sites sérios dando críticas positivas à série. Não gente! O feijão no dente é BEM GRANDE! Pelo amor de Leanne, não dá pra ignorar.

Eu amei que até mesmo os sites mais renomados disseram que A Orfã 2 é uma surpresa positiva hahahahahahaha pelo visto vão perder o renome em termos de crítica cinematográfica, pq esse filme é absurdamente ruim! Tipo muito péssimo mesmo! O roteiro é repleto de furos, situações sem sentido e coisas que extravasam o absurdo. Não dá pra imergir na história em absolutamente nenhum momento, simplesmente porque não existe o menor esforço dos roteiristas em te fazer acreditar no que está acontecendo. Imagina um universo paralelo onde os vizinhos são surdos, as armas de tiro não fazem barulho, a polícia não existe, a imprensa não existe, os exames de delito feitos em corpos de vítimas não existem e o fogo não queima um corpo humano. A cena final então, meu deus do céu... devem ter pago a equipe de efeitos visuais só com cafézinho pro resultado ter saído daquele jeito. Sério, vale muito a pena ver, mas só com uma cerveja na mão e amigos ao lado, pra dar aquela risada e desprezar o filme tanto quanto ele despreza você.

Eu juro que fui até o fim tentando só me divertir descompromissadamente, mas até isso foi dificil. Já esperava uma ação americana genérica, vilões latino-americanos e um roteiro que dá dó, bem ao estilo Michael Bay. Mas o poço é mais fundo nesse filme. Das piadas aos momentos heróicos, é muita forçassão de barra. O elenco inteiro parece cansado ou desconfortável em entrar no personagem, sobretudo o Martin Lawrence (e as gemidas incessantes dele nas cenas de ação). A própria ação é angustiante, porque tá sempre quase lá, no ponto certo, mas nunca chega no clímax. Perseguição, explosão, tiroteio, é tudo carente de emoção. O resultado é o mesmo pra quem gosta de cinema, pra quem não tá nem aí pra qualidade ou pra quem é fã da franquia e só quer ver os Bad Boys juntos: um filme chato. Eu ficaria impressionado com a quantidade de avaliações positivas no Google ou nos sites de cultura pop, mas depois de ver a galera aplaudindo os últimos Star Wars e Velozes e Furiosos, não me surpreendo mais com nada...

Espetáculo de violência tipicamente americano que se maqueia de crítica social. Crítica social essa que fica só na abertura mesmo, porque depois é violência gratuita. O roteiro beira o ridículo, de tanto que força a personagem a tomar decisões estúpidas pra mantê-la longe da polícia. Dessa forma, o filme encontra motivo pra mostrar sua sequência de cenas mega violentas com pessoas inocentes sendo mortas em público na base da tortura, atropelamento ou porrada. Na metade do filme, quando a personagem finalmente avisa que vai procurar a polícia, você chega a rir. Mas calma que logo ela desiste e volta a tomar decisões estúpidas. Depois, temos um fim genérico daqueles pós-aventura, com pôr do Sol no horizonte e trilha sonora pop. Nada trágico aconteceu, não existe trauma no psicológico dos personagens, é só mais um dia de carnificina. Eu não sei vocês, mas pra mim já deu essas perdas de tempo. É mais uma belíssima obra de streaming com zero mensagem, zero impacto narrativo e zero reflexão.