Woody Allen, uma ótima expressão do cinema americano, continua se saindo muito bem na sua fase europeia. Um mestre em explorar as relações humanas, em "Um golpe de sorte em Paris" somos apresentados a uma jovem bonita e atraente Fanny (Lourenço de Laage) casada com um homem dominador, ambicioso e bem sucedido no mundo das finanças. O reencontro dessa jovem com um antigo amigo de escola, Alan (Niels Schneider), desperta novos sentimentos criando um interesse fora da rotina confortável mas tediosa da vida social da alta sociedade. A relação evolui e os dois amigos se tornam amantes. Sedutoramente dominador, o marido Jean ( Melvil Poupaud) age secretamente lançando mão de uma solução costumeira para alguém que lhe atrapalha os planos. A sogra, Camille (Valerie Lemercier), que sempre foi favorável ao casamento da filha, visita o casal com frequência. Na convivência das visitas começa a ter dúvidas sobre o genro Jean. No desenrolar da história, Jean sempre afirmou não acreditar em sorte e sim em construir seu destino. Magistralmente o diretor nos mostra que nem sempre se tem controle sobre seu destino. A sorte e o azar existem e andam de mãos dadas.