Rizzya Haese

Filme fiel ao livro nas cenas respectivas. Porém, o que estragou um pouco foram as partes que justamente resolveram tirar da história, pois perdeu a essência da mensagem e virou apenas um melodrama Hollywoodiano qualquer. Não mais uma história incrível de amor e perdão divino (ressalto, principalmente divino) que a história realmente é. Importante dizer que não é considerado um filme cristão. Quase toda a essência cristã foi retirada, exceto por pouquíssimas partes em que aparece Michael lendo a Bíblia ou orando. Também parece, no final, que a salvação de Angel veio através da mãe dela e em si mesma, que sua fé em Deus, como o é no livro. Achei essas diferenças cruciais para classificar o filme. Analisando o filme como um produto em si mesmo, eu diria que é bom, mas não profundo o suficiente, pois não dá tempo de desenvolver a psique das personagens, principalmente o relacionamento de Miriam/ Michael/Paul que é um ponto de virada para o clímax. Também não aparece como ela conseguiu manter a vida que tinha no final (explicado no livro), nem mesmo o porquê da cena final, já que *spoiler* para ela, ter aquilo era impossível. Mas é explicado com muita emoção no livro, reforçado na escolha dos nomes das personagens. Enfim, filme bom, mas não satisfatório o suficiente. Também não é um filme pra família. Aborda temas pesados como prostituição, incesto, assassinato, pedofilia. Sem cenas exageradas, mas com insinuações fortes de sexo. Também tem nu parcial.

Nada de novo, ironicamente. Mostrar o drama, crueldade e a brutalidade da guerra quase todos os filmes do gênero já o fazem. Este filme não consegue nos fazer imergir na trama, sempre ficamos apenas na superfície lutando para submergir, mas nunca há este momento. É simplesmente tediante. 2h27min de filme que não mostra nada de especial que não já tenhamos visto. Não há nenhum personagem memorável, nem mesmo conseguimos nos importar tanto com o protagonista já que o filme se preocupa tanto com a estética e mostrar cenas de violência que esquece de aprofundar nas camadas dele. É um personagem raso, o qual nem conseguimos sentir tristeza ou empatia com o seu final. Infelizmente, cansativo e sem um fio condutor de trama.

Legalzinho pra quem jogou o mesmo título da franquia da NaughtyDog, no entanto, achei que iria seguir mais fiel, principalmente ao Uncharted 4 (pois o filme seguiu um pouco mais na linha do 4 que os outros)... É aquilo, não deu tanto o esperado e acabou virando mais do mesmo. Infelizmente acabou parecendo uma sequência muito fraca do "A Lenda do tesouro Perdido", com o Nicholas Cage. Os pontos fortes pra mim foram as situações que lembravam o jogo, claro, e a não sexualização das personagens femininas, que acrescentaram no enredo em vez de aparecerem apenas para cumprirem papel de femme fatale e nada mais. Precisamos mais disso no cinema. Em contrapartida, o filme não se compromete em nada da realidade: é local público quebrado e nenhuma polícia, é personagem importantissimo (bilionário) morrendo e nenhuma investigação... Fora física impossível, etc. Assisti pensando desde o início que era um filme de fantasia, não um de aventura... Porque a maioria das situações não tem como. E não há nenhuma dificuldade em conseguir o que querem por parte de polícia, governo, burocracia...

Filme cheio de furos do início ao fim. Não passa credibilidade. Sei que muitos vão reclamar dizendo q as notas ruins são por causa de "machismo", mas a conta não fecha. A garota luta bem, mas ela não é matadora profissional como os caras que supostamente matou. O cúmulo foi ter conseguido enfrentar aquele assassino profissional que nem o pai dela com dobro do tamanho e experiência de luta conseguiu. O plot twist realmente não convenceu. E ainda conseguiu se safar sem ninguém perceber... Com que dinheiro? Com quais documentos? Com rosto conhecido em tudo quanto é lugar... Aham que ela iria escapar do FBI. Entendi a proposta do filme, mas achei super clichê, forçado, cheio de furos. Um disperdicio de tempo.