Lucas Leonardo

A maioria das séries que venho assistindo são do tipo que deixam com gosto de quero mais, porém, meu único interesse pela segunda temporada e pela Yennefer, única capaz de despertar aquela esperança de estar nas próximas senas. The Witcher é uma serie de bom passa tempo, mas, não é nem de longe algo que deixe vidrado. Não sou capas de falar sobre a sobre a adaptação, pois, não li os livros. Mas espero que seja bem melhor do que foi na série.

Eu não sou um fã de carteirinha da saga, mas, comparado a The Matrix (1999) a coisa mudou muito. Não imaginava ver uma Trinity pacata e submissa, um Morpheus que nem aparenta ser quem é, e um Neo mais perdido do que nunca. Depois de tanto tempo e dos vários combates, não se lembra das próprias habilidades? Duvida de si mesmo? E onde foi parar aqueles robôs inspirados em polvos que tocavam o terro? Domesticados? Onde estão os carros, as balas curvadas, aqueles capotes pretos e o óculos fininho ? A intensão de contar sobre o escolhido (novamente) capaz de mudar a matrix, levou a historia a perda da essência real do filme.

Já estou ansioso pela segunda temporada, sério. A ligação que existe entre personagens Simon e Victor é fantástica e que consegue levar as pessoas a reviver vários momentos, dentro de bela narrativa que trás a tona novas situações. Mas que já são bem velhas entre a sociedade. A questão da própria aceitação, dos medos de ser rejeitado, apontado e perseguido, de não ser correspondido pelas paixões, de não atender as expectativas das pessoas, de ter que esconder segredos até mesmo das pessoas que amamos. . E tudo bem difícil. Há uma particularidade e uma coisa que eu mais gostei é de ver que existe um novo Bram Greenfeld, em uma versão bem mais descolado, seguro e forte. A vinda do Benji vai mexer bem mais do que com o coraçãozinho do Vic, vai ser com o mundo todo dele.

O filme em si é muito bom. Além de retrata um tema que é muito importante e pouco falado, engloba outras questões como a sexualidade (orientação sexual e identidade de gênero), como era a sociedade dos anos 20, o autoconhecimento, amor pelo próximo, empatia e outros assuntos, tem como ponto principal dar visibilidade a transsexualidade. No processo em que Einar vem se conhecendo melhor até se tornar por completo Lili Elbe, o mesmo enfrenta a depressão. Admito que antes de assistir o filme e claro entender melhor o assunto, eu via o processo como uma automutilação (peço desculpas pela ignorância) por associava a cirurgia de redesignação sexual com um procedimento estético. Um grande erro pensar assim. Mas como o tema envolve mudanças, uma harmonia entre o interior, o psicológico e o exterior, acredito que vários acontecimentos passaram por despercebido, especificamente cada cirurgia e pós-operatório. O foco ficou de mais na descoberta e transformação. E como sempre gosto de ressaltar, toda parte de senário, fotografia e figurinos de época não deixam a desejar de forma alguma.