Lais Naldail

Me surpreendeu de uma forma muito positiva. Vi muita gente dizer que a série é muito machista e outras coisas mais e reclamar sobre as traições, mas gente, isso acontece na vida real. Na vida real, mesmo aqui no Brasil, que é bem mais evoluído nesse quesito, se comparado à cultura coreana, muitas mulheres se culpam e acham que devem culpar outras mulheres pelas traições de seus maridos. O que a série faz é mostrar três mulheres diferentes e que são traídas, independente do que façam. Eu encaro isso mais como uma crítica a essa visão de que a mulher é responsável pela traição e divórcio, do que um apoio a esse tipo de discurso. Isso fica bem claro em uma das histórias, em que o próprio homem assume que sua esposa é perfeita (que não vou dizer para não dar spoiler). As mulheres têm muitas falas machistas, mas a visão que tive é de que tudo isso que elas estão passando irá mostrar o quão erradas estavam por pensarem assim (não que eu ache que elas precisavam passar por isso para perceberem que a culpa de uma traição é da pessoa que traiu). O que eu, de fato, não gostei foi a escolha do diretor (porque acredito que seja dele) de colocar música nas cenas com as amantes, como se aquilo fosse bonito. Não lembro de ter música para as esposas, por exemplo. A trilha sonora só me deixava mais irritada com as cenas, entretanto, foi algo muito pontual, que não afetou minha visão sobre a história. Gostei muito e estou animadíssima para o lançamento da segunda temporada, na Netflix.