Dario Coutinho

Starfield é um perfeito exemplo de jogo sem alma. O tipo de jogo que tenta agradar a todos e termina agradando poucos. Impossível não ficar entediado com a missão principal. As missões secundárias são chatíssimas, salvando-se apenas a facção dos piratas. O visual dos planetas impressiona, mas as cidades e npcs são muito mal feitos. A fauna e flora são desinteressantes e exitem apenas para você perder tempo escaneando elas. É o tipo jogo que você começa empolgado e larga antes do final. E tá tudo bem A impressão que fica é que queriam fazer um jogo muito maior, mas tiveram que entregar no prazo (mesmo com os aditamentos). 40 horas jogadas e jogo finalizado com newgame+ que não me deixou nada empolgado.

Um jogo de sensações e estranheza, que não precisa ser longo para ser bom. Scorn é inacreditável, com uma atmosfera densa e pesada, que vai te deixar agoniado e desesperado para chegar ao final. Isso se você tiver estômago para seguir adiante. Dito isso, vale lembrar que esse game está muito mais para um adventure do que um jogo de ação ou terror. O objetivo dele é te causar desconforto, e não te assustar. Muita gente vai experimentar Scorn achando que é um Resident Evil ou um jogo de terror. Não poderiam estar mais enganados. Quem aprecia uma boa ambientação e a arte de H. R. Giger, pode cair no "desprezo" de Scorn sem medo de ser feliz. Obs. Jogue com fone de ouvidos. O final é totalmente interpretativo e cheio de camadas de subtexto. Chego a pensar que Scorn se trata de um jogo sobre relacionamento abusivo. Um dos melhores jogos de 2022, ideal para quem está cansado das mesmices dos Triple A.