Não costumo reclamar de filme, porque geralmente só vou no cinema assistir "filmes certos". Pelo menos essa era a minha expectativa nesta produção do renomado Ridley Scott. Levei a famÃlia e gastei 150 pratas.
Uma verdadeira pornochanchada. O filme mostra um Napoleão corno, gado, submisso. Tudo gira entorno da Josefina, uma personagem pornográfica e sem graça, que passa longe de ter qualquer gracejo pelo público. Aliás, não existe um mÃsero coadjuvante decente nessa merda, os poucos que aparecem são vazios e sem graça.
Napoleão foi um grande polÃtico e militar, mas nada disso é aprofundado no filme, no máximo alguns discursos genéricos e diálogos vazios. O cara criou o Banco Francês, e tantas outras coisas...bastava 5 minutos de tela para dar um mÃsero ênfase em seus feitos.
Como todo grande lÃder que formou um Império, Napoleão não fez isso sozinho, pois tinha grandes homens ao seu lado, grandes generais, que lhe renderam inclusive a maior parte de suas vitórias militares. Murat, Berthier, Ney, Grouchy e tantos outros, que poderiam ter um tempo de tela e serem coadjuvantes dignos.
A parte do Egito é vomitativa. Houve batalha na vida real? Sim, mas a uma grande distância das pirâmides, que nunca foram atacadas. A campanha francesa também tinha fins arqueológicos que renderem frutos valiosos até os dias de hoje, como a decifração dos hieroglÃficos egÃpcios por Champollion e a descoberta da Pedra de Roseta.
Nota para a boa fotografia, figurino e efeitos especiais. As batalhas são razoáveis, mas preferia que tivessem menos e com um melhor roteiro. Uma batalha bem produzida vale mais do que seis meia boca. E isso impacta muito num filme épico, principalmente no arco final, que no caso de Napoleão já chegamos saturados.
É um filme que não assistiria de novo.