Gabriel Lima

Parece que o arco da Fênix Negra no cinema é um daqueles casos que nunca realmente encontra o seu ponto certo. Embora o filme comece bem, com um tom promissor, ele rapidamente se perde em dramas desnecessários, deixando a ação — que é marca registrada dos X-Men — de lado. Isso acaba tornando a trama arrastada, e alguns personagens simplesmente desaparecem ou têm pouca relevância no meio do caminho. Com um elenco talentoso e carismático, é frustrante ver que histórias muito mais interessantes das HQs dos X-Men ainda não receberam a adaptação que merecem. “X-Men - Fênix Negra” falha em fazer jus ao potencial dos personagens e ao legado da própria saga.

Vi muito mais como uma homenagem ao original do que como uma ampliação de um universo já consolidado. De fato, o filme não tem muita coisa a acrescentar, mas funciona como um bom entretenimento e o clima de tensão - bem semelhante ao primeiro filme - nos prende. Está longe de ser uma obra-prima mas cumpre bem o seu papel.

A experiência foi boa, algo que Alien realmente merecia já bastante tempo, porém o excesso de sustos, de fan service e aquele final beeem mediano foi difícil de engolir. Fora isso vale a pena pela ambientação e pelo novo fôlego à franquia.

A estreia de Ishana Night Shyamalan como diretora e roteirista de um longa-metragem é satisfatória. É um filme que mistura folclore com temas sensíveis com ajuda de uma trilha avassaladora. Curti muito.

Alguém precisa parar o David Gordon Green…depois de nos traumatizar com aquele último Halloween ainda deixaram esse cara achar que estava fazendo um sequência direta do maior filme de terror de todos os tempos. O filme é chato e tem momentos que chegam a ser constrangedores. É muito difícil não comparar com o original, mas mesmo olhando esse filme de forma isolada, ele não funciona. Lamentável!!!!

Oriol Paulo é um diretor e roteirista espanhol bastante badalado por sua maneira de contar histórias de suspense psicológico com grandes (e eficientes) plot twists. Curiosamente, acabei assistindo os três filmes que ele dirigiu do mais recente ao mais antigo, começando por Durante a tormenta (2018), depois Um contratempo (2016) e agora O corpo (2012). É muito interessante observar o amadurecimento do cineasta, mas também perceber a qualidade de roteiro e direção que ele tem mantido. Seu primeiro filme O corpo é genial, e assim como os seus filmes seguintes, consegue prender o espectador do começo ao fim, fazendo-nos suspeitar de tudo e de todos. A forma como o diretor faz com que cada personagem do elenco principal tenha um papel importante na trama é um de seus pontos mais altos, sem falar no roteiro que é muito bem amarrado e sem enrolação. Pra quem gosta de um bom suspense policial, O corpo é uma ótima pedida batendo de frente com grandes filmes hollywoodianos.

Um contratempo é uma das melhores produções espanholas disponíveis na @netflixbrasil. Repleto de reviravoltas e muita tensão, o filme brinca com o espectador em vários momentos, fazendo com que a cada descoberta do protagonista seja criada uma teoria do que realmente pode ter acontecido. O roteiro é bem desenvolvido e os atores conduzem todo o filme de forma eficiente, em especial a atriz Ana Wagener na pele da advogada de Adrian. Se no início as coisas parecerem confusas, o melhor é manter a calma e esperar, já que o filme não deixa nenhuma ponta solta. Ótima dica pra quem procura um filme de fazer roer as unhas!

Host foi uma surpresa bastante interessante dentre os filmes que foram lançados durante a pandemia justamente por se adaptar ao contexto no qual foi produzido. O filme se passa durante uma reunião do Zoom e utiliza todos os mecanismos do aplicativo a seu favor, rendendo bons sustos e sendo bem direto naquilo que deseja apresentar. Tal como uma reunião online, o filme de pouco mais de 40 minutos não precisou de um roteiro inteligente ou de fugir dos clichês para se destacar, mas o resultado final é bastante eficiente podendo ser comparado ao trabalho realizado há mais de duas décadas atrás no inesquecível, e um tanto quanto assustador, Bruxa de Blair.

Soul é o primeiro filme da Disney/Pixar a não ser lançado nos cinemas, sendo disponibilizado diretamente na plataforma de streaming Disney+. O momento de seu lançamento não poderia ser mais oportuno. A Pandemia fez muita gente refletir sobre a vida, não é mesmo? Pois é, Soul entra para o grupo dos filmes infantis que trazem sérias discussões e se destaca justamente por conta disso. Quantos de nós não nos perguntamos qual são os nossos verdadeiros propósitos na vida? Mesclando cenas cômicas, personagens carismáticos e grandes discussões filosóficas, a animação tenta responder essa e outras questões, se tornando um prato cheio para longas horas de discussão após a sessão. Delicado e brilhante, Soul é o filme que precisávamos...

Embora faça parte do Universo X-men, o filme é bem mediano. O filme não tem uma identidade própria: ao mesmo tempo que tenta ser inovador em meio a tantos filmes de heróis, acaba se perdendo na própria bagunça. Infelizmente sua produção sofreu várias mudanças, sobretudo o fato da Disney comprar a Fox, o que causou vários adiamentos e possivelmente um resultado final fraco.