Que falta faz um roteirista razoável numa série! Essa começou muito interessante e sugestiva, com irresistÃvel interação entre os dois padres investigadores, de personalidades opostas mas complementares. Nos capÃtulos finais da primeira temporada, o roteiro só trouxe mais caos à loucura pré-existente naquela cidade fria e sem sol, da história. Fez picadinho do personagem de Simón Antiquera, bastante convincente e sensualÃssimo, representado pelo expressivo e bonito ator espanhol Miguel Angel, que nos dois episódios finais quase foi transformado em Rambo O correto personagem do padre Salinas também não foi poupado.
Isso porque a médica, pelo qual Antiquera sentia afeto e atração fÃsica era, na verdade, uma louca perigosa e assassina em série. Isso se fez, ao invés de explorarem o drama ou romance da grande atração que sentiam um pelo outro, o padre e a médica. Pronto, contei. Creio terem feito isso para impedir que eles consumassem o desejo. O lindo padre Antiquera não deveria pecar contra a castidade.
Enquanto isso, o padre Salinas, desperdiçando seus dons divinos e miraculosos, nem tentou ressuscitar o coitado do delegado Pedro, assassinado pela médica.
Irei para a segunda temporada, a descobrir se, afinal, o diabo realmente existe ou não. Mas não creio que se consiga mais salvar a série, inicialmente promissora, do imbróglio. Que pena!