ivan lima

2020.12.29 O CÉU DA MEIA NOITE leitura do filme LEITURA DO FILME O CÉU DA MEIA NOITE Não é um filme fácil de entender, de compreender, mas após ser compreendido se torna para nós um grande filme. Ele fala de renúncia, de solidão, de tempo de vida, da amor, de ganhos e de perdas e mais alguns assuntos que vamos abordar. Do ponto de vista fílmico o protagonista delira e faz sozinho um percurso enorme e tenebroso no filme como se estivesse com a sua própria filha, pequenina, que ele nunca viu, porque na separação da sua mulher, mãe da menina ele se recusou a ir vê-la, falar com ela, mesmo que tenha sido convidado para isso. A mãe, a loura do filme que contracena com ele ainda jovem, de barba ainda negra, consegue entender que Ele resolveu se dedicar à ciência do que ter uma vida normal de família. Nas cenas iniciais do filme eles se conhecem, depois de casados ela reclama que ele está sempre ausente e quando ela (com a menina no banco de trás do carro querendo que ele a conheça), o convida para ir falar com a filha deles tem nele uma fria recusa. Portanto ele perde a oportunidade de pelo menos conhecer a sua própria filha pequenina e ela ter a visão de um pai. A menina, que é, do ponto de vista fílmico, uma completa visão acompanhando ele em uma boa parte do filme e a mesma mulher, já adulta e grávida que está na aeronave, com o chefe da missão que é o seu marido e está esperando uma também filha durante o filme. É preciso ver duas ou três vezes este filme divino para entender todos os meandros fílmicos e maravilhosos desta obra prima dirigida e protagonizada por George Cloney, que tem com coadjuvante a excelente atriz Felicity Jones, que sem beijar ou tocar o pai da sua filha no filme, os dois mostram apenas num encostar do rosto dela no obro dele, todo o amor envolvido tanto na missão como na vida pessoal deles. Eles dois e a filha que vai nascer são os únicos sobreviventes que ficariam na Terra, se o filme fosse uma verdade. É um novo Barbarela e uma nova história de Adão e Eva. Obrigado Ivan Lima