Rayssa Dias Fidelis

Eu entendo essa divisão de pensamento, entendo que cada um tem uma opnião que deve ser respeitada. Sinceramente o que me deixou realmente triste no filme é como as pessoas ligam Deus ao fato de uma mulher que está sofrendo psicologicamente por ter um filho indesejado. E não, não tem haver com elas não “manterem as pernas fechadas” porque muitas dessas crianças do mundo real veem de estupros, abusos, de muitas menores ou para mulheres que não estão preparadas para serem mães. Eu compreendo que muitos acreditam que o aborto não é obra de Deus e realmente não é, mas estupro também não é. Falta no mundo um pouco ( quando digo pouco quer dizer muito) do respeito pelo ser humano, não um conjunto de celular que não sente dor mas sim da mãe que o carrega, que futuramente pode abandoná-lo ou criá-lo em um ambiente completamente desestruturado. Ninguém nunca disse que o aborto é bonito, mas ter um filho que você não quer é muito menos, e parem de romantizar orfanatos porque muitas crianças do nosso país passam a vida em um lar provisório e com 18 anos são expulsas. É muito fácil julgar a mulher, colocar as suas ideias e suas crenças acima da escolha dela, mas definitivamente não cabe a quem não tem nada haver opinar, não é justo pessoas que não sabem nada da vida delas terem mais crédito que elas para tomar essa decisão. Falta respeito nesse mundo, o respeito sim é a única coisa que cabe a nós em situações assim.