Resumiria o filme como: “um bom filme” PARA QUEM NÃO É FÃ DA FRANQUIA!
Se vc não é fã da franquia e “apenas” está procurando por diversão no cinema, esse filme vai te dar muita diversão com mais uma atuação primorosa de Daniel Craig que sem dúvida foi o melhor 007/James Bond de todos, mas se você for um fã da franquia, esquece… fizeram de tudo para desconstruir o personagem icônico, “preparando” a mais famosa franquia cinematográfica para uma sequência enquadrado no “politicamente correto” da geração atual…
Há 60 anos, um personagem icônico, imortal e com características bem definidas e marcantes descritas pelo seu criador Ian Fleming, vinha através de vários intérpretes, uns excepcionais (Sean Connery, Daniel Craig e até colocaria o Pierce Brosnan) passando por Roger Moore, até outros que não se saíram muito bem (Timothy Dalton e principalmente George Lazenby), nos conduzindo à uma franquia que é sem dúvida a melhor da história do cinema e com um tema que está entre os 5 temas musicais mais conhecidos da história em qualquer geração!
Mas tudo se acabou… o personagem imortal, com seu carisma único, tiradas engraçadas, vestido em seu “black tie” impecável e tomando seu “martine batido, não mexido” (o “Vésper Martine”) rodeado pelas mais belas mulheres, não existirá mais (pelo menos foi o que fizeram).
Esse era para ser um filme especial! O vigésimo quinto da série em 60 anos de franquia! E até certo ponto foi, pois para aqueles que são fãs, notaram nitidamente várias menções honrosas aos filmes clássicos de Sir Connery e Sir Moore, além de um momento especial em que 007 (o verdadeiro) encontrava-se num túnel e vira dando um tiro em nítida homenagem às introduções clássicas do filme.
Felizmente Sir Connery e Sir Moore não estão mais aqui para poderem passar pelo constrangimento de ter que ver esse filme.
Merece destaque a atuação fantástica de Ana de Armas! Uma pena ter sido tão rápida, mas o suficiente para dar aquele up no meio do filme!
Aí entra em cena a turma da lacração, do politicamente correto, com sua insistência em tentar “desconstruir” tudo que já está muito bem estabelecido; poxa, quer lacrar, faz um outro filme de espionagem colocando quem quiser como o herói e deixa a bilheteria dizer se a lacração foi boa ou não (ex.: um reboot de “caça fantasma” de 2016). Mas não! Insistem em nos entochar guela abaixo e mudar todas as características de um herói imortal e clássico do cinema! Uma “nova” agente “00” que assume o número “7” de James Bond, um “Mr. Q” numa forçação de barra insinuando que está preparado o jantar para o namorado… (Desmond Llewelyn, mais um que teve a felicidade de não ver seu eterno personagem se descambar). Péra lá né! Sem nenhuma necessidade disso!
Ah!! E como a Judi Dench faz falta!!!
Em suma: se vc não é fã da maior franquia do cinema mas apenas quer ir ver um bom filme de ação e depois esquecer, esse é perfeito para te distrair por mais de 2h e meia!
Agora se vc é fã… esquece…
Matar o James Bond???? Quando isso???
Sem mais a famosa frase no fim do filme: “James Bond will return”. Pelo menos ela perdeu o sentido!
De quebra ainda mataram o Félix Leiter…
Como disse um colega aí embaixo, muito provavelmente a franquia irá morrer, dando lugar à filmes comuns e descartáveis pautados nas ideologias lacrativas politicamente corretas do momento, sem nenhum carisma e certamente sem o charme e elegância do Bond, James Bond.