Ana Luiza Daflon

Para adolescentes até 15 anos, o livro não vai deixar a desejar, mas se você procura uma fantasia bem trabalhada e estruturada, com romance vindo de segunda via mas mesmo assim sendo de aquecer o corpo, eu sinto muito, mas não te aconselho a comprar. Me arrependi amargamente após ler apenas o 1o capítulo do livro. As críticas que li na internet, todas com nota máxima, provavelmente não são leitores que entendem de fantasia. Isso me chateou muito. O livro traz até um plot bom; a sinopse que li me cativou a atenção e me fez comprar o livro, porém foi tudo por água abaixo. O contexto da personagem principal é o mesmo de SEMPRE: uma pobre garota que faz alguma cagada e acaba se apaixonando por um ser mágico. E esse ser mágico vive em um lugar nenhum mortal pode colocar o pé (Oh! Meu Deus!). Enfim, nada que você já não tenha lido. Porém, histórias generalizadas assim podem ser boas se a narrativa for bem preparada, o que a autora NÃO faz. A história poderia muito bem ter sido escrita por uma criança que sairia melhor. Os sentimentos são rasos, a relação da família para com a personagem principal é bipolar, a figura do pai mal humorado de sempre é pessimamente trabalhado, e logo no primeiro capítulo, a autora faz uma descrição atordoadamente desnecessária de uma tamanho gigantesco, e os diálogos são os mais pobres que já li. Se eu encontrasse uma frase como “Pobre de mim, meu pai me odeia e tenho duas irmãs frescas, e ainda por cima matei um ser mágico e agora estou apaixonada!”, não me surpreenderia. Não digo por causa das características das personagens que são muito populares e muito usadas, mas da forma como foi trabalhada. Péssimo trabalho. Não aconselho a ler o livro se você estiver procurando uma narrativa mais amadurecida e uma história bem trabalhada.