Paula Visentini

O filme não é nada convencional, e sim, ele deixa a desejar em diversos aspectos, e surpreende em outros. Você precisa assistir com um olhar atento, se não, vai achar o pior filme, não é, mas para mim não é o melhor. Vamos as considerações, o enredo é todo montado através dos medos dos personagens. A fé em cristo é algo inquestionável, e mesmo afastado de sua comunidade, a família mantem sua crença acima de tudo, no entanto, essa obsessão a religião faz com que os próprios caiam em suas armadilhas e cometam eles os próprios pecados. Os sete pegados capitais e descrito a todo tempo, e a família se entrega, sucumbindo a cada um deles até que sua alma se torne fraca e seja consumida pelo diabo. O filme também faz inúmeras menções a histórias infantis que conhecemos. Chapeuzinho vermelho, quando o garoto encontra a bruxa com a capa vermelha. João e Maria quando eles se perdem na floresta, Rapunzel que é trancada em uma torre. A Bela Adormecia que é envenenada pela maça. Um ponto importante é retratado pela árvore que um dia foi majestosa, mas definha sem vida assim como toda a terra da fazenda. O final do filme é cumprido com maestria, o diabo sempre desejou a personagem principal Thomasin, ele tirou tudo dela, a decência de uma vida digna, onde antes ela vivia na Inglaterra, o amor quando sua mãe tenta a matar, a lealdade quando seu pai desconfia dela, e toda sua crença de que a salvação estava em cristo. O diabo precisou só oferecer tudo o que ela perdeu para aceitar sua proposta. Embora ela entre em contradição na cena final. Insta @viagensfilmeslivros