Cruella (2021) segue uma tendência meio recente de dar voz a vilões de sagas já bem conhecidas e aclamadas. Uma continuação espiritual do longa de 1961 que trouxe pela primeira vez a excêntrica colecionadora de dálmatas, revive uma história já bem conhecida e dá a ela uma nova roupagem.
Cruella é na verdade Estella e foi numa brincadeira com sua mãe que o nome Cruella surgiu para dar um nome à versão cÃnica e arrogante que a criança tem desde sempre.
Humanizar os vilões e dar a eles uma história nos faz compreender melhor a obra a qual pertencem e ainda pode nos levar a refletir sobre os motivos que os levaram a cometer os atos de maldade que os tornaram famosos.
Esse conceito sempre traz à mente o Coringa de 2019, que levou a muito debate sobre o que de fato é a maldade e até que ponto somos responsáveis pelas nossas próprias ações. Com Cruella não é diferente, colocando a personagem em um contexto de necessidade, sofrimento e perda, a luta pelos seus sonhos no mundo da moda londrina dos anos 70 é uma questão de vida ou morte e ela fará de tudo para conquistar o que deseja.
Por fim, a fotografia fica como uma menção honrosa, porque é impressionante ver o que conseguiram fazer com preto e branco ao longo do filme. Os amantes do punk rock também se sentirão representados, o longa usa e abusa da moda dos anos 70 e seus maiores sucessos musicais: penteados exuberantes e momentos de clÃmax com clássicos de Bee Gees, Led Zeppelin e The Doors.
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