Andrea Rukop – Google

O tema é extremamente pertinente ao mundo feminino. E o faz sem pretensão, mostrando o que a convivência com um homem manipulador pode trazer consequências. A protagonista Raquel (Emily Blunt) conduz o elo em torno do ex marido e a atual esposa Ana ( Sarah Ferguson). E o assassinato em questão da jovem Megan ( Baba do bebê de Ana). Raquel é inquirida como suspeita pela polícia e por presteza estabelece o vínculo como o marido de Megan ( Luk Evan) e tenta de toda forma ajudar e se ajudar. Buscando o mesmo terapeuta de Megan. (A falta de credibilidade em Megan, por ela ser usaria consante de bebida alcoólica ), mas ainda assim no " labirinto de suas memórias " ela conseguirá resolver essa intricada trama. Parabéns ao roteirista e ao diretor que trabalharam em sincronia. Não entregam a trama/ enredo. É esperar até fim e apreciar o brilhantismo do elenco.

O tema gravides na adolescência é sempre cercado de algum tipo de drama. No entanto Juno foge a regra pela interação familiar e a determinação do que pode é deve ser feito. Sem dramas, culpas e melindres. Um filme bom assistir pela boa trilha sonora, fotografia, diálogos, e a atriz ( Ellen Paige) está impecável. É um filme que fala do amor adolescente, mas que mostra a grandeza do ato de doação para quem realmente quer ser mãe. Um filme leve e saboroso

O próprio título já fornece uma ideia sobre o filme que começa com o relacionamento da cientista Alicia Vikander e o suposto engenheiro James macavoy. O diálogo entre ambos circula pelo imersão de sentido, questionamentos e por aí vai com leveza, e o romance toma contornos de sentimentos mais intensos. Ela irá para explorar a profundidade do risco abissal. Ele irá para um país africano em intenso conflito ( agente do MI6/ engenheiro). Ele sofre de forma física. Ela sofre a ansiedade de não saber o que aconteceu com ele. Uma submersão de sofrimento físico e emocional.

No primeiro momento pensamos ser mais um drama pós- guerra, mas não demora muito para o filme mostrar que tem um diferencial ( o preto em branco que modifica para cores e em alguns momentos para tonalidades que expressa o momento). O Adrien, soldado francês buscando a sepultura de um soldado alemão resulta numa aproximação delicada com Ana ( noiva enlutada de Frantze) e a família de Frantz cuja a temática é o cerne central do filme. A aceitação do inimigo estrangeiro que adentra em sentimentos singelos onde as " substituição " que ameniza a dor da perda e luto é mostrada com mestria. Durante boa parte do filme temos a sensação de uma surpresa imediata da relação entre Adrien e Frantz. Mas não espere previsibilidade nesse filme! Ele surpreende! As revelações e o rumo dos acontecimentos nos mostra que os sentimentos e as reações nunca são previsíveis, mas o desejo de sobreviver é persistente.

O filme Stigmata foi lançado em 1999 ( fim do milênio) e alguns diretores lançaram filmes nesse estilo, porém a diferença é que Stigmata não está projetando professias para o "fim do milênio", mas mostrando sobre os aspectos da fé e da ciência, sem a intenção de dissecar o assunto sob uma ótica didática. Mostra uma excelente fotografia do Vaticano e dos possíveis " bastidores" de ordenamentos que gerenciam a fé católica no mundo e numa outra linha os " bastidores daqueles que não querem as revelações da Santa Sé. Entretanto o Diretor Rupert Wainwright o faz sob o dinâmica que não se perde entre o viável e ao que um filme do gênero se propõe! Diretor e roteirista trabalharam juntos e a direção de arte foi perfeita com a trilha sonora. Mostra a cidade onde vive a jovem Flankie Paige ( Patrícia Arquete) no típico estilo de vida da mulher moderna em seus melhores closes. Os fenômenos sobrenaturais que ocorrem com a jovem Paige, são exibidos com os efeitos de filmagem dentro de uma medida que consegue tornar o filme agradável da época da sua produção até os dias de hoje. As cenas são montadas entre um fenômeno paranormal e um trem com pouca luminosidade que descontrolou a velocidade, isto é, os efeitos cinematográficos singelos e moderados. E as demais cenas dos stigmas ocorrem dentro da mesma ambientação e estilo. Não foi deixado de lado que os fenômenos que causaram ferimentos fossem aferidos entre médicos, exames e hospitais. Os diálogos são fluentes e cada esfera e ambiente está contextualizado. Quando começa a interação entre o Padre Andrew ( Gabriel Birne) e Paige num recanto de drinks e flores, tudo acontece num ritmo suave e fluente. Muitos críticos não perdoaram a cidade fictícia de Belo Quinto que foi mostrado com beleza e criatividade. Muitos críticos "azedos" não aceitaram o idioma espanhol no Brasil, mas dessa vez o idioma português apareceu mais contundente e audível. Inclusive o que gerou o Stigmata sob a jovem Paige deu-se por um objeto sacro retirado do ataúde de um Padre de grande influência na cidade (fictícia) de Belo Quinto aonde os fenômenos paranormais estavam ocorrendo e sendo investigados pelo Padre Andrew. E esse objeto chegou até a Paige como um presente de sua mãe em viagem pelo local. O filme é de um suspense moderado, um teor religioso obedecendo a linha mistério e segredo da Igreja Católica com um toque de Ordenamentos secretos aonde o Padre Andrew será o agente dessa investigação que terá toques sutis de romance. Stigmata é uma referência no estilo e já garantiu seu lugar de Clássico.

O filme do Diretor Noah Baumbach ( História de um Casamento), mostra nesse drama a relação de irmãs que estão afastadas há algum tempo e a aproximação ocorre pelo casamento de Pauline( Jenifer Jason Leigh) com Malcolm ( Jack Black). Margot (Nicole Kidman), mesmo sem entusiasmo vai ao encontro de sua irmã que vive com o noivo na antiga propriedade dos seus pais. Vivendo entre um casamento desfeito (Jim) John Turturo e o reencontro com um antigo namorado (Dick) Ciaran Hinds, isso não é importante para ela. As duas irmãs são mães de dois adolescentes que mostra uma relação interativa no filme e os personagens se movem na medida para mostrar relevância entre uma série de situações e sentimentos. Mas o " fio condutor " do filme é a reprovação de Margot ao casamento de Pauline por uma série de críticas pessoais e sociais. A árvore da infância que precisa ser removida mostra o momento em que Malcolm faz uma revelação para Pauline.A árvore tomba sobre o local da cerimônia. As duas irmãs e seus filhos partem para a cidade com planos de uma nova vida. Margot anseia que sua irmã rompa com um noivo que ela não considera apropriado. Pauline está grávida e parece não se importar com o que Malcolm revelou. Quando as duas irmãs iriam rever a mãe a parte da família, Margot sai rapidamente do local junto com seu filho que tinha um viagem de ônibus e inesperadamente, ela resolve partir junto com ele. Um ponto brilhante do filme foi o momento da discussão acalorada entre Margot e Pauline que estava magoada com posturas passadas da irmã e a acusava de muitas situações. Durante a discussão uma pintura atrás de Pauline mostrava uma casa antiga. O filme mostra sem muito drama a relação de amor e ódio entre Irmãs. O final do filme mostra Margot agora preocupada apenas com Ela e com seu filho. Exatamente como era antes.

O filme exibe o período medieval de forma ímpar! As cenas que foram projetadas de forma repetida "idas e vindas" para a construção da enredo dos personagens eram muito boas, pois permite a observação de cada personagem e a riqueza dos diálogos. As cenas de batalhas são impecáveis e na medida do exigido aos olhos do expectador. O drama de uma mulher sob a ótica da desonra e sua sentença perante a igreja. O Diretor Ridley Scott não teve a intenção, mas ao mostrar a influência de poder e do favoritismo , apontou uma realidade iminente! Ao mostrar o drama de uma mulher violada, mostrou também que passado mais de 600 anos a mentalidade mudou muito pouco! É filme para quem aprecia!