JC •••

Vou morrer esta vida curtindo esse blockbusterzão descaradamente mimeografado de "Jurassic Park", com tudo de bom e de ruim constante no pacote. OK, admito que rola um valorzinho afetivo nesse caso, pois o conferi na época da sua estreia aqui no Brasil (sim, inesquecível julhão de 1998) com a minha então namorada e alguns bons amigos daqueles tempos, e a ocasião foi para lá de memorável — ótimas lembranças daquele dia. O filme tem lá seus problemas e absurdos? Tem, sim, mas sempre o entendi muito honesto em relação à sua real proposta: escapismo. Lembro-me da vibe boa da sessão do filme num geral: galera rindo nas passagens mais engraçadinhas, gritando nos momentos de jumpscare e até meio que lamentando a morte do bichão no final. Ou seja: imersão total na brincadeira ali. Nunca entendi direito o porquê de tanto hate sobre esse filme, na boa. Às vezes, tenho a impressão de que muitos críticos por aí caem na presepada de medirem todo tipo de filme, independentemente da proposta de cada um, com uma mesma régua analítica. E quanto ao fandom mais hardcore do Godzilla clássico da Toho "ofendido" na época... Chilique infantiloide puro. Melhor nem entrar no mérito. Enfim, minha percepção sincera sobre essa versão emmerichiana do bom e velho Godzilla: pipocão do bem, superdivertido, com um monstrão decente (curto muito o design dele) e um elenco que, salvo uma ou outra performance mais limitada e caricata, entrega o complemento necessário para o fluir da coisa toda ali. Entretenimento escapista. E só. E tá tudo bem. PS — Zilhões de vezes esse filme aos despautérios "Godzilla vs Kong" e o recentíssimo "Godzilla & Kong". Que desserviços para ambas as franquias, meu Deus...

A verdade dói e é difícil de ser admitida pela maioria. Sem mais. 😉