Bem, primeiro devo avisar que sou, ou me considero amigo pessoal da autora. Sendo assim, talvez o livro me apresentou uma mensagem mais profunda e até mesmo dolorosa em certos momentos. Óbvio, que o leitor será apresentado a todos os questionamentos, e dores de uma mãe que perdeu seu filho, em um acidente; único filho é bom frisar. Contudo, não conhecerá a Ione, sua simplicidade, seu coração enorme, suas "loucuras"; mas principalmente suas incertezas.
O livro está coberto de citações, poemas e carregado de uma expressiva pesquisa da autora, em sua tentativa de epifania diante da perda de seu filho. Tornando palpável, o sentimento melancólico ao decorrer de frases, que são repetidas na obra como: "nenhuma mãe deve enterrar seu filho" e/ou "quebra ciclo natural da vida" e "viveria 30 ou 50 anos se soubesse que iria encontra-lo novamente"; frases que por vezes me aparentam vir disfarçadas de uma suplica silenciosa da autora, sobre como continuar vivendo após a perda de seu filho.
Diante, desta dor irreparável a autora, busca responder, de forma tanto quanto possível lógica as adversidades vindas após a morte de seu filho. Utilizando de sua experiência e seu conhecimento em diversos campos de estudo, como a psicologia, filosofia, astrologia, passando pelas religiões e doutrinas, pela ciência e pelo esoterismo. Além, de uma recheada pesquisa que me despertou um grande interesse por diversos temas abordados.
Enfim, está é uma obra que segundo a própria autora serve como uma ajuda ou até mesmo um alento a pais que sofrem ou sofreram da mesma dor. Para mim, também serviu de forma a conhecer um pouco mais sobre minha amiga, de forma a entender melhor a sua dor, suas incertezas e até mesmo conseguir senti-las as vezes.
Concluo está avaliação, agradecendo a Ione, que me proporcionou a oportunidade de ler sua obra, e reafirmando a ela que tenho a certeza que seu filho está e estará sempre ao lado dela, como um anjo protetor. Termino com uma frase de um livro maravilhoso de reli a pouco tempo.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Obrigado.
Guilherme.