Johnny Johnson

Como fã do jogo Until Dawn (2015), fiquei impressionado com a forma como o filme consegue respeitar e expandir o universo original, sem cair na armadilha de simplesmente copiar o enredo interativo do game. Ao invés de repetir personagens ou tramas, o longa traz uma história inédita, sombria e bem construída, que consegue capturar o espírito do jogo e ainda trazer algo novo. A grande surpresa é a presença de Peter Stormare, reprisando o papel do enigmático Dr. Alan Hill. E mais uma vez, ele rouba a cena. Seu personagem continua assustador, ambíguo e cheio de camadas. Quem ou o que é o Dr. Hill? Nem o filme, nem o jogo nos dão respostas diretas, e isso é ótimo. Essa aura misteriosa é justamente o que o torna tão marcante. As atuações do elenco novo são sólidas, com boa química e momentos de tensão que funcionam. Os cenários são visualmente impactantes, a atmosfera opressiva está presente do início ao fim, e a direção acerta em cheio ao construir um terror que é tanto psicológico quanto visceral. O final, então… é simplesmente genial, conectando diretamente com os eventos do jogo de 2015 de forma elegante e sutil, uma verdadeira recompensa para quem conhece a franquia. Algumas críticas negativas surgiram, provavelmente de quem esperava uma adaptação fiel do jogo. Mas o filme nunca teve essa proposta. Ele é uma expansão, uma homenagem ao universo e ao gênero de terror como um todo. E nesse sentido, acerta em cheio. No fim, o título Until Dawn faz jus tanto ao jogo quanto ao filme. Ambos compartilham a mesma alma: sobreviver até o amanhecer, enfrentando horrores externos e internos. Parabéns a todos os envolvidos. Eu adorei a obra! 😄

“Minha Amiga Nokotan é um Cervo” parece uma comédia nonsense boba, e de fato é, mas é justamente aí que mora sua genialidade. Ao abraçar o absurdo sem tentar explicar nada, o anime nos oferece uma experiência libertadora. Nokotan quebra a quarta parede e nos convida a aceitar o caos com leveza, como uma metáfora viva do que Albert Camus chamaria de resistência ao absurdo. Enquanto outros animes se esforçam para parecer profundos com monólogos e discursos, Nokotan só age, com um sorriso estranho e biscoitos de cervo, e nos mostra que rir do absurdo pode ser um dos atos mais puros de aceitação. Koshitan, tentando entender tudo, serve apenas para reforçar que não há lógica a ser buscada. Em um mundo planejado e repetitivo, Nokotan se destaca por sua coragem de ser esquisita. Não nos pede explicações nem respostas, só presença. E talvez isso seja o que mais precisamos hoje: lembrar que tudo bem rir, mesmo quando nada faz sentido. No fim, achei que seria só mais uma comédia, mas encontrei algo que me fez rir, pensar e repensar a vida. Pela ousadia e originalidade, minha nota é 10/10. Porque, sinceramente, como diria Paulo Gustavo... rir ainda é um ato de resistência.

Cara, eu achei esse filme superestimado demais. Ele começa até que bem, com uma crítica ao consumismo e tal, mas depois se perde totalmente. Vira uma bagunça que tenta passar como “profunda”, mas no fundo só romantiza masculinidade tóxica e autodestruição como se fosse algo libertador. O protagonista é chato, sem graça, e a trama vai ficando cada vez mais forçada, só pra parecer caótica e “rebelde”. E o final... nossa, parecia que queria chocar a qualquer custo, mas pra mim só foi vazio e sem sentido real. Pior é ver tanta gente idolatrando como se fosse uma obra genial, quando na real parece mais uma desculpa mal escrita pra justificar gente quebrada fazendo besteira. Sei que tem quem curta, mas pra mim foi só pretensão sem entrega. Sem contar que falam que faz crítica ao consumismo kkkkkk Essas mensagens até existem, mas o problema é que o filme não consegue passá-las de forma clara ou eficaz. Se a ideia era criticar o Tyler, por que tanta gente idolatra ele até hoje? Quando a maioria entende errado, talvez a culpa não seja do público, e sim da execução. E ainda tem gente que fala "ah, você não gostou porque não entendeu" como se fosse preciso ser um gênio pra ver sentido numa obra que se perde entre crítica e glorificação. Um filme que realmente quer passar algo precisa ser mais honesto e menos confuso na forma.

Contém spoilers! “Premonição 6” é, sem exagero, o melhor desde o segundo filme. Depois do desastre que foi o quarto, esse novo capítulo chega como um presente aos fãs: criativo, respeitoso com a mitologia e cheio de emoção. A história volta aos anos 60 com Iris, que tem uma premonição durante a inauguração de um restaurante com chão de vidro. Ela salva todos, inclusive um jovem William Bludworth, sim, o legista da franquia! Anos depois, Iris e William seguem em contato, tentando juntos burlar a Morte. A teoria dos fãs estava certa: William é um sobrevivente. A relação entre os dois, mesmo breve, é forte. Ambos têm câncer, mostrando que a Morte os alcançou de forma lenta. A despedida do personagem e do ator Tony Todd é tocante. E a moeda causadora da tragédia original reaparece no final, encerrando tudo com a ironia cruel que sempre marcou a franquia. As mortes são inventivas e tensas. A da ressonância magnética é brutal, e o acidente de trem homenageia os filmes 1 e 3. Eric (o do piercing) zomba de um caminhão de lixo, mas quem morre é a irmã cena digna do humor negro clássico da saga. Poético. E o ápice: mencionam que Kimberly Corman, do segundo filme, ainda está viva, a última sobrevivente da franquia. Mesmo sem aparecer, sua existência confirma teorias antigas e a consagra como a verdadeira Final Girl. Ponto fraco? O terceiro ato é apressado. A morte de familiares de Eric não tem peso emocional só Stephanie, a protagonista, reage de fato. Isso enfraquece a cena, principalmente por serem parentes, e não apenas colegas ou desconhecidos. Mesmo assim, “Premonição 6” entrega tudo que importa: homenagens, tensão, tragédia e respeito à franquia. Se for o fim, é digno. Se tiver continuação, deixou boas portas abertas. Nota 8/10, com um sorriso nervoso no rosto Curiosidade pessoal: foi por causa da Kimberly que criei minha personagem Kimberly Hoffmann. :D

Começa como um drama familiar forte e promissor, mas depois escorrega pra um terror confuso, lento e cheio de símbolos que não se explicam. O filme joga com o psicológico, mas nunca te dá uma resposta concreta. Tudo é deixado em aberto de forma preguiçosa. E no final, você se pergunta: por que perdi duas horas com isso? Parece que só quer ser esquisito por ser esquisito.

Na moral, a derrota de Demi Moore no Oscar para Mickey Madison evidencia dois problemas persistentes na indústria cinematográfica: o preconceito contra o gênero de terror e a preferência por atrizes jovens em detrimento de talentos experientes. Historicamente, o Oscar tem negligenciado performances em filmes de terror, independentemente da qualidade da atuação. O caso de Demi Moore reforça essa tendência. Se não fosse Fernanda, o prêmio deveria ter ido para Moore, mas a vitória de Mickey Madison, com apenas 25 anos, revela um padrão já denunciado pelo próprio "Substância": Hollywood favorece a juventude enquanto descarta atrizes acima dos 50 anos. O Oscar só afirmou a crítica do filme. Além disso, "Substância" critica essa cultura de forma simbólica e poética. O nome da personagem principal remete ao ato de "brilhar", de ser uma estrela exatamente o que Hollywood impede muitas atrizes de fazer após uma certa idade. O filme começa com uma estrela na calçada da fama e termina fechando esse ciclo, reforçando a mensagem. Outro ponto a ser destacado é a excelência técnica do filme, especialmente na maquiagem, que contribui para a atmosfera intensa do terror psicológico. As atuações impecáveis de ambas as atrizes demonstram emoções profundas em cada cena, tornando a decisão da Academia ainda mais questionável. Mais uma vez, o Oscar prova que, para ele, talento muitas vezes pesa menos do que idade ou o gênero do filme.

Os Embalos de Sábado à Noite" pode ser lembrado como um filme icônico da cultura disco, mas por trás das luzes e da música existe uma história crua sobre juventude, frustração e escapismo. Tony Manero é um protagonista que tenta se encontrar através da dança, mas está cercado por um ambiente tóxico onde a violência e o desrespeito são normalizados. A cena do estupro de Annette não é apenas chocante, mas um reflexo brutal da falta de empatia dos personagens e da sociedade que o filme retrata. Embora a obra tenha méritos na sua estética e impacto cultural, a forma como lida com esse tema é problemática, tratando-o como mais um evento trágico na vida dos personagens sem consequências reais. No fim, "Os Embalos de Sábado à Noite" não é apenas um filme sobre dança, mas um retrato incômodo de uma juventude perdida, onde diversão e desespero andam lado a lado. Na minha OPINIÃO!

Então "Anora" ganha o Oscar, e "Striptease" foi massacrado na época? Interessante como a hipocrisia da indústria funciona. Quando Demi Moore fez um filme sobre striptease, foi ridicularizada, mas agora um filme que basicamente coloca uma garota de programa se apaixonando por um cara rico em uma semana é tratado como arte? Cada cinco minutos, cena de sexo. Parece um pornô disfarçado de filme culto. Mas, claro, se for embalado como "drama artístico", os críticos fingem que é algo profundo. E quando você descobre que o diretor segue contas de OnlyFans no X, fica ainda mais claro que esse filme é só fetiche disfarçado de prestígio. Sem contar que no final é mesmo jeito que começou, tendo cenas sexuais. Hollywood continua a mesma: não importa a história, importa quem está contando. Se um filme desses fosse dirigido por outra pessoa, já iam chamar de apelativo. Mas, como agora é a "onda do momento", ganha prêmio. Se isso não é hipocrisia, não sei o que é.

Minha opinião sem spoilers sobre o anime do Exterminador do Futuro, mas assista para ter a sua: Eu não botava muita fé nesse "anime do Exterminador do Futuro" não, mas, olha só, a Netflix anda surpreendendo com uns animes bem fora do padrão ultimamente. O traço desse anime e sua temática me deram uma vibe meio Cyberpunk: Edgerunners. (Minha opinião). Achei que ia ser mais um daqueles genéricos, só mais do mesmo, mas me equivoquei bonito. O anime faz jus à franquia, com várias referências aos filmes e ambientado em uma das inúmeras linhas do tempo que a saga adora explorar. Esse, por exemplo, se passa no Japão em 1997. Só que sou fã da franquia e então tem muita coisa bizarra que não dá pra passar pano, tem gente reclamando justamente o foco ser no Japão e não em Los Angeles... Falando que enredo é fraco... Protagonismo forçado nas crianças... Diálogos meio vazios sobre as I.A. Mas tem umas reviravoltas que funcionam bem, algumas você já espera, outras te pegam de surpresa. As crianças, que eu achava que iam ser aquele estereótipo irritante, na verdade têm camadas, desenvolvimento, e todos os personagens têm seu momento de destaque na trama. A ação é boa e ainda tem aquele clima de terror que lembrava o primeiro filme. E o tema? Bem atual, falando de inteligência artificial. Antigamente, a gente só via isso nos filmes, e agora estamos aqui, rodeados de IA criando músicas, textos, imagens, vídeos… Tudo. O anime também traz umas filosofias sobre a vida e as máquinas, como vários outros filmes futuristas. Mas esse tem um diferencial: em certo ponto, você fica dividido, ora do lado das máquinas, ora dos humanos, até chegar no ponto em que você nem sabe mais quem está certo ou errado. A linha tênue entre o bem e o mal começa a se embaralhar de verdade. Mas tem uns momentos que não tem sentido iguais dos filmes que a gente até se pergunta: como uma máquina pode errar tanto tiro e os policiais também? KKKKKK Enfim, achei esse "Exterminador do Futuro Zero" muito bom. E a história se desenrola inteiramente nos dias 29 e 30 de agosto. Dou nota 8. Eu até daria um 9, mas, como sempre, tem uns furos no roteiro – como todo filme ou série que mexe com viagem no tempo, né? Hahaha. Mas é apenas minha opinião, e aparentemente deu gancho pra uma "possível" segunda temporada.