A virtude do filme é desafiar o seu ouvinte e telespectador, para uma nova era digital maçante, onde estamos presos por uma realidade virtual tão imaginativa que o mundo real diverge desse formato. Com as novas tecnologias interligadas aos apps, ainda mais sendo desenvolvida por indivÃduos totalmente controladores, a facilidade de se deixar alienar está cada vez mais facilitada. Lembrando, que a subversão da internet e suas vertentes está no fato de não conseguirmos mais avançar com nossa interação em comunidade.
Sendo assim, o filme não especifica essa linha de pensamento, mas acredito que seja de máxima importância não nos deixarmos levar pela perspectiva cientÃfica, formulada por programadores de tecnologia que sua maioria são homens brancos e heterossexuais, o documentário não traz muito esse contraste de opiniões. E quase não vemos a interação de mulheres negras para vislumbrar ainda mais o expoente social e racial, do que é a realidade virtual em sua profissão e fora dela, até no documentário conseguimos ter consciência desse
distanciamento. Facilitando, a teoria da diversificação identitária e cultural não vender em redes de comando, essa discussão é explicita no documentário.
Somos indivÃduos com perspectivas distintas e a realidade virtual nos faz alcançar nossas distinções, até chegarmos no ato de não saber mais interagir uns com os outros. A visão do documentário é bem expoente nesse sentido, nós usuários de qualquer rede de comunicação, somos deslumbrados com um mundo criado por outros seres que não se interligam a realidade de todos. E essa tentativa de sempre cedermos para o panorama digital do outro é o novo formato de submissão do mundo contemporâneo. Esse fato é o que mais me alertou, não reparamos que uma criação utópica pode prejudicar tanto nossas ações e relações afetivas, penso que quando chegamos a esse ponto da vida paramos no tempo.